domingo, 12 de fevereiro de 2012

2 AS ARTES PLÁSTICAS E SEU USO NA CONTEMPORANEIDADE



2.1 Um Breve Percurso Histórico das Artes Plásticas



Diversos estudiosos buscam analisar e compreender as manifestações artísticas ocorridas com as transformações em determinadas épocas na sociedade. Os mais influentes nos estilos de nossa época atual tiveram significativa expressão no início do século XX. Segundo Gombrich(1999) artistas plásticos de diferentes períodos são considerados precursores do expressionismo, entre eles Goya, Van Gogh, Gauguin e James Ensor. O expressionismo pode ser considerado como uma postura assumida em diversas formas de manifestação artística durante o século XX. Vários artistas trabalham nessa linha, sem ligar-se a movimentos ou a grupos. Podemos citar alguns: Edvard Munch, Emil Nolde, Amedeo Modigliani, Oskar Kokoschka, Egon Schiele, Chaim Soutine, Alberto Giacometti e Francis Bacon.
Já Harrison(1999) teve uma maior preocupação com o Cubismo (período de 1908 a 1915). Segundo ele, este período rompeu com os elementos artísticos tradicionais ao apresentar diversos pontos de vista em uma mesma obra de arte. As formas geométricas são utilizadas muitas vezes para representar figuras humanas. Recortes de jornais, revistas e fotos são recursos utilizados neste período. São obras representativas desta época: Les Demoiselles d'Avignon, de Pablo Picasso, e Casas em L'Estaque, de Georges Braque.
Também no século XX surgiu o estilo do Dadaísmo, que era revolucionário, anárquico e anticapitalista, prega o absurdo, o sarcasmo, a sátira crítica e o uso de diversas linguagens, como pintura, poesia, escultura, fotografia e teatro. Destacam-se nesse período os artistas: Hugo Ball, Hans Arp, Francis Picabia, Marcel Duchamp, Max Ernst, Kurt Schwitters, George Grosz e Man Ray.
Os surrealistas, na década de 1920, exploram o inconsciente e as imagens que não são controladas pela razão. O surrealismo usa associações irreais, bizarras e provocativas. O rompimento com as noções tradicionais da perspectiva e da proporcionalidade resulta em imagens estranhas e fora da realidade. Obras: Auto-Retrato com Sete Dedos, de Marc Chagall; O Carnaval do Arlequim, de Joan Miró; A Persistência da Memória, de Salvador Dalí; A Traição das Imagens, de René Magritte; e Uma Semana de Bondade, de Max Ernst, são algumas das obras mais representativas (ARGAN, 1999).
As histórias em quadrinhos e a mídia visual e impressa são os elementos de referência da pop art, na década de 1950. Humor e crítica ao consumismo são constantes nas obras de pop art. Os artistas mais conhecidos são: Richard Hamilton, Allen Jones, Robert Rauschenberg, Jasper Johns, Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Tom Wesselman, Jim Dine, David Hockney e Claes Oldenburg.
Na Arte Conceitual, da década de 1960, textos, imagens e objetos são as referências artísticas deste tipo de arte. Nela a obra deve ser valorizada por si só. Um dos meios preferidos dos artistas conceituais é a instalação, ou seja, um espaço de interação entre a obra e o espectador. Até mesmo a televisão e o vídeo são usados nas instalações. Destacam-se os seguintes artistas: Joseph Beuys, Joseph Kosuth, Daniel Buren, Sol Le-Witt (principal representante do Minimalismo) e Marcel Broodthaers, Nam June Paik, Vito Acconci, Bill Viola, Bruce Naumann, Gary Hill, Bruce Yonemoto e William Wegman (CHIPPS,1998).

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