- Objetivos
O presente trabalho pretende averiguar o desperdiço de alimentos nas CEASAS; em especial no mercado do Pirajá, em Juazeiro do Norte – CE.
Tem como objetivo visualizar a realidade no que diz respeito ao desperdiço de alimentos, também conhecido como material de refugo, e o que poderia ser feito para o reaproveitamento do mesmo.
- Metodologia
O trabalho aqui apresentado trata-se de uma pesquisa objetiva direta, através de questionários, tendo como entrevistados os vendedores de frutas e verduras do CEASA em Juazeiro do Norte – CE, mais precisamente mercado do Pirajá.
Também foi utilizado nesta pesquisa material colhido através da internet para melhor abrangência do mesmo.
- Introdução
É notório o fato de que mesmo com alguns auxílios familiares do governo, ainda existe muita gente que amanhece o dia sem ter o que comer. Mesmo assim, os contêineres e latões espalhados pelos cantos dos mercados e CEASAS estão sempre cheias com frutas, verduras e legumes.
É com muita tristeza que contemplo tamanho desperdiço, enquanto poderia haver um projeto para aproveitamento de tais alimentos, até mesmo no consumo humano. Pois a maioria dos alimentos desperdiçados encontra-se apenas com pequenos machucados, e mesmo os que não servem para a alimentação humana poderia se transformar em ração animal, ajudando assim até mesmo na higienização desses setores e no meio ambiente.
De acordo com informações colhidas por Marcio Fernandes: “O presidente do CEASA de Goiás, Evandro Cardoso de Paula, reconhece que a perda de alimentos no país é expressiva. No entanto, afirma que faltam estudos para determinar com mais exatidão onde se situam os fatores de desperdiço”.
Esse depoimento foi publicado por Marcio Fernandes em 06 de Junho de 2010, e podemos constatar o que ele afirma através de simples visitas feitas nos CEASAS, que se repetem em várias cidades.
- Pesquisa feita no CEASA de Juazeiro do Norte.
A presente pesquisa se deu de maneira objetiva através de questionários, onde foram abarcadas perguntas pertinentes a questão do desperdiço de alimentos com o intuito de haver uma interação na problemática para fins acadêmicos.
- Resultados
A pesquisa foi realizada no mercado do Pirajá (CEASA) em Juazeiro do Norte no bairro Pirajá, onde 50 pessoas responderam o questionário.
Pode-se observar que 6% dos entrevistados são analfabetos, 42% cursaram o ensino fundamental e 52% ensino médio.
A falta de nível superior pode ser devido a muitos terem iniciado a trabalhar muito cedo, e com isso largarem os estudos para terem mais tempo para vendas, sendo que o lucro depende muito de quanto se vende.
Verifica-se que 74% dos alimentos que não servem para o consumo são vendidos mais barato e que apenas 26% é doado para as pessoas mais pobres, que vivem em situação de risco social.
Parte destes alimentos vendidos pode estar contaminado e pode provocar doenças, pois não são tratados com devida higiene e muitos já estarem em estágio de degeneração. O mesmo ocorre com os alimentos doados, em escala muito pior, onde alimentos que serviriam apenas como ração de animais, “lavagem” no dito popular, é consumida por seres humanos que vivem em situação de grande miséria.
Podemos observar que 56% dos alimentos no Mercado do Pirajá, em Juazeiro do Norte, que não servem para vendas, são reaproveitados para ração de animais, 40% é reaproveitado para consumo humano e 4% tem outros destinos, como simplesmente ser jogado no lixo.
O alimento que reaproveitado para consumo humano não possui nenhum tipo de tratamento especial ou forma específica de conservação, podendo haver contaminação do consumidor, causando doenças ou infecções. Tais alimentos são consumidos por famílias que vivem em situação de extrema pobreza, na sua grande maioria, e que não possuem condições de comprar alimentos propícios para o consumo humano.
Segundo esta pesquisa, pode-se constatar que o destino dos alimentos reaproveitados neste mercado (CEASA) está praticamente nivelado entre o consumo humano e o de animais, estando estes sendo tratados praticamente no mesmo nível tanto nas estatísticas da pesquisa como na situação real e prática.
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