segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

5.2 Análise de Obras e Autores do Período Renascentista



De acordo com Gombrich (1999) o desenvolvimento da pintura renascentista pode ser estudado através de dois momentos: a fase pré-renascentista e a fase caracterizada pela obra dos grandes gênios do Renascimento. Cujas pinturas, esculturas, e diversos tipos de expressão humana seguiam em busca da perfeição, o que podemos verificar principalmente na pintura.
Vejamos alguns exemplos:

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[1]Rubens, O Rapto das filhas de Leucipo


Masaccio (1421-1428) foi um grande estudioso de anatomia e responsável pela introdução das sombras e da perspectiva nas pinturas, criando a impressão de volume e de tridimensionalidade.

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[2]O Tributo da Moeda


Piero della Francesca (1416-1492) foi o defensor da perspectiva científica e cujos personagens pareciam esculturas vivas pela sua lealdade a realidade, tão magnificamente expressos em suas obras.

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[3]Retrato de Federico Montefeltro


Sandro Botticelli (1444-1510), considerado o último dos pré-renascentistas, inspirou-se na mitologia da Antiguidade e associou a estética greco-romana ao universo religioso cristão. Como a arte foi reprimida durante muito tempo pela Igreja Católica, só restava aos artistas plásticos da antiguidade retratar basicamente os postulados e princípios da igreja em sua época, o que também ocorreu com outras doutrinas e povos.

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[4]O Nascimento da Vênus


Foi durante os séculos XV e XVI que destacam-se artistas polivalentes considerados mundialmente como gênios da Humanidade, este foi o auge do Renascimento.
Leonardo da Vinci (1452-1519), pintor, escultor, arquiteto e cientista, procurou atingir a verdade através de experiências. Assim, via a obra de arte como um exercício, que muitas vezes abandonava ao se indefinir uma solução, deixando várias obras ainda inacabadas. Também é bastante curioso o fato de que demorava anos para concluir seus trabalhos e expressar claramente aquilo que realmente pretendia. Destacam-se de suas pinturas: A Santa Ceia, A Virgem dos Rochedos e A Gioconda (Mona Lisa).

A Santa Ceia

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[5]A Virgem dos Rochedos
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Michelangelo (1475-1564) foi um grande arquiteto, pintor e escultor, destacou-se por realizar pinturas monumentais como o teto da Capela Sistina, no Vaticano. O Pecado Original e a Expulsão do Paraíso é o nome de sua obra mais representativa, porém a criação de Adão é a mais famosa, retratada em diversas obras e principalmente em diversos filmes.renascimento_capela_sistina
[7]O Pecado Original e a Expulsão do Paraíso

[8]A Criação de Adãorenascimento_criacao_adao


Rafael (1483-1520) é considerado hoje o maior pintor do Renascimento, aliando a harmonia à dramaticidade e empregando cores, formas e volumes com bastante equilíbrio, deixando suas idéias expressas bastante claras e precisas. Como foi bastante comum em seu período, há uma grande preocupação em sua obra nas expressões corporais e faciais e principalmente nos movimentos que representa com bastante requinte. O grande contraste presente em seus trabalhos representa com autenticidade a dualidade vivida em sua época.
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[9]Santa Catarina de Alexandria

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[10]A Escola de Atenas


Na pintura renascentista verificamos que as figuras eram dispostas em uma composição estritamente simétrica, com grande variação de cores frias e quentes e o manejo da luz, que permitiram criar distâncias e volumes que pareciam saltar da realidade. A reprodução das figuras humanas, as expressões de suas emoções e os movimentos ocuparam lugar igualmente representativo. Os temas representados continuavam sendo de caráter exclusivamente religioso, ainda que com a inclusão da burguesia, que queria ser protagonista na história do cristianismo. As pessoas, portanto, faziam-se retratar com a família em cenas do nascimento de Cristo, ajoelhadas ao pé da cruz, ou do lado de Maria Madalena e da Virgem Maria.
Até mesmo os representantes da Igreja realizavam este excêntrico costume. Muito diferentes, embora de igual valor, foram os resultados obtidos nos países do norte. Os mestres de Flandres, deixaram as medições e a geometria e recorreram à câmara escura, e conseguiram também criar espaços reais no plano, ainda que sem a precisão dos italianos. Sua ênfase foi colocada na tinta (pois foram eles os primeiros a utilizar o óleo de linhaça) e na reprodução do natural de rostos, paisagens, fauna e flora, com um cuidado e uma exatidão que nos deixam perplexos, o que resultou naquilo que se deu o nome de Janela para a Realidade.
O principal princípio desta época é que o artista do Renascimento não via mais o homem como mero observador do mundo, que expressava em tudo a grandeza de Deus, mas o via como a expressão de maior grandiosidade criada pelo próprio Deus. O mundo passou a ser pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada e contemplada. Foi exatamente neste período que o homem começou a se libertar das correntes que aprisionava a sua mente e passou a questionar o mundo em que vivia, o que antes aceitava como uma realidade estrita e absoluta sem qualquer contestação.
O Renascimento Italiano se espalhou pela Europa e pelo mundo, trazendo novos artistas que incutiram em seus países as idéias italianas. Foram eles: Dürer, Hans Holbein e Bruegel, na Europa, e diversos outros por todo o mundo. Como o próprio nome diz, era um período de renovação e transformação do pensamento, e é este o motivo de destacarmos esse período independente de todos os demais, na presente monografia. Foi no Renascimento que eclodiram as idéias que estavam sendo gestadas durante vários séculos de omissão e repressões. Como tudo possui um lado positivo e um negativo os extremos tornaram o homem um ser científico, porém bastante cético, o que o fez durante muito tempo acreditar apenas nas teorias que fundamentava sem ter em conta em si da sua própria insignificância.


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