segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

THE AUDIOLINGUAL METHOD



THE AUDIOLINGUAL METHOD

O inicio do Método Audiolingual resultou de intensos estudos voltados para o ensino de línguas estrangeiras nos Estados Unidos a partir dos meados de 1950. Nesse período muitos linguistas deram especial atenção ao ensino da Língua Inglesa uma vez que os estados norte-americanos eram agora considerados a maior potência do mundo. Devido à relação de heranças históricas de ensino que foram consideradas eficazes e a constantes e inovadoras pesquisas no campo lingüístico, esse método emergente tinha como foco a conquista da língua como um processo essencialmente oral. A combinação da teoria estrutural, análise contrastiva de línguas, procedimentos áudio-orais e a psicologia comportamentalista serviu de fundamento básico na construção do método Audiolingual.

Abordagem

Teoria de Língua

A teoria de Língua existente no método Audiolingual derivou-se da visão proposta por lingüistas americanos que ficou conhecida como Linguística Estrutural. Essa teoria defendia que Línguas são sistemas estruturais relacionados a elementos coordenados de significação, sendo esses elementos organizados como fonemas, morfemas, palavras, estruturas e tipos de sentenças. Como resultado, o processo de aprendizagem de línguas deveria consistir no domínio pleno desses elementos, as construções da linguagem e o completo conhecimento das regras que estruturam e organizam esses elementos; dos fonemas para os morfemas, dos morfemas para as palavras, das palavras para frases e das frases para as sentenças. Em complemento a essa teoria estava a premissa de que Língua é discurso, logo, o desenvolvimento de habilidades orais teve primazia de ensino e aprendizagem; “primeiramente o que é falado e em segundo o que é escrito” (Brooks 1964). Um método de ensino não pode, porém, estar baseado apenas na teoria de Língua. Faz-se igualmente necessária a referencia a psicologia e a outras teorias de aprendizagem.

Teoria da Aprendizagem

A teoria de aprendizagem defendida pelo método Audiolingual foi fundamentada na psicologia comportamentalista (Skinneriana) declarando que o aprendizado ocorre com a realização de três elementos cruciais: estímulo, resposta e reforçamento. Dessa forma, a completa eficiência no ensino de Línguas estaria associada à apropriação metodológica do seguinte esquema:


Alguns princípios de aprendizagem se tornaram fundamentos psicológicos do método Audiolingual e deram forma a práticas metodológicas como as que vemos a seguir:
O aprendizado de Línguas é basicamente um processo mecânico de formação de hábitos. Através da memorização e repetição é possível automatizar a produção e compreensão de estruturas.
A habilidade oral deve ser a base para o desenvolvimento de outras habilidades.
O ensino de Línguas deve ser desenvolvido através de generalizações e discriminações usando como base uma abordagem indutiva.
Ensinar uma Língua envolve ensinar aspectos culturais das pessoas que falam essa Língua.

Design

Utilizou-se nesse método um design de ensino baseado primariamente na oralidade como o mais eficiente meio de proficiência. Como conseqüência, o estudo estrito de Gramática e Literatura foi fortemente inutilizado.

Objetivos
Compreensão auditiva.
Pronúncia acurada.
Habilidade de fala desenvolvida através de imitação, repetição e memorização.
Distinção de símbolos gráficos e habilidade de reprodução e reconhecimento desses símbolos de forma oral e escrita.
Uso da Língua alvo correspondente ao de um nativo (Proficiência Oral).

The syllabus

Acreditando que a maior dificuldade dos alunos era a influência da Língua mãe sobre a Língua alvo, os linguistas que desenvolveram os materiais didáticos no método Áudiolingual usaram pressupostos da análise contrastiva para denotar, desde o principio, as diferenças fundamentais das Línguas em questão. O corpus estrutural e os conjuntos lexicais foram organizados em três níveis graduais que incorporavam sugestões e situações de contexto.

Atividades de ensino

Diálogos e exercícios repetitivos formaram a base das atividades de ensino. Os diálogos propunham os meios de contextualização de estruturas da Língua, ilustrando situações reais e utilizando aspectos culturais; eram seguidos de exaustivas repetições e memorização visando também à pronúncia correta, tonicidade, ritmo e entonação. O uso de exercícios repetitivos (drills) foi um aspecto distintivo do método Audiolingual. Vários tipos de drills foram usados incluindo os seguintes:

Repetition, Inflection, Replacement, Restatement, Completion, Transposition, Expansion, Contraction, Transformation, Integration, Rejoinder, Restoration.


Papel do aluno

Os alunos possuem uma função reativa correspondente ao estimulo apresentado pelo professor obtendo, portanto, pouquíssima influência sobre o ritmo e estilo de aprendizagem; da mesma forma, não eram encorajados a gerar interação, pois isso poderia conduzi-los ao erro.

Papel do professor

Assim como no método situacional, o professor possui um papel ativo, sendo o modelo, monitor e controlador da Língua alvo. O professor deve manter a atenção dos alunos na prática das repetições e proporcionar situações relevantes para a prática das estruturas da Língua. Deve também introduzir, desenvolver e harmonizar o aprendizado das quatro habilidades na seguinte ordem: Listening, Speaking, Reading, Writing.


Papel dos materiais de instrução

Devem prover assistência ao desenvolvimento do ensino. O uso de livros de texto era geralmente não utilizado pelos alunos nas primeiras fases, quando os mesmos deveriam simplesmente ouvir, repetir e responder. O professor, entretanto, tinha acesso a um livro que continha sequências estruturadas das aulas. Quando livros de texto eram oferecidos aos alunos, em fases posteriores, eles continham textos de diálogos e iniciações de exercícios de repetição. Gravações e recursos áudio visuais geralmente possuíam as principais funções no conjunto de materiais. Um laboratório de Língua poderia de igual modo ser considerado essencial.


Procedimentos

Os procedimentos de ensino eram extensivamente voltados para a oralidade, havendo, portanto, pouca atenção gramatical ou explicações sobre a própria Língua. A Língua alvo era sempre usada como o meio de instrução e o uso da tradução não deveria ser incentivado. Um procedimento de aula típico do método Audiolingual estruturava-se da seguinte maneira:
Os alunos ouvem e repetem os modelos de diálogos que contém as estruturas chave. Na repetição, a atenção dos alunos é voltada para a pronúncia, entonação e fluência. A correção de erros de pronúncia e gramática é direta e imediata.
Os diálogos são adaptados de acordo com o interesse dos alunos através da alteração de algumas palavras ou frases.
Algumas estruturas são selecionadas e usadas como padrão para exercícios de repetição. As repetições são feitas de forma coletiva e individual
Os alunos iniciam atividades de vocabulário, leitura e escrita; tais atividades derivam dos diálogos apresentados.
Atividades de continuação deveriam ser realizadas em laboratório onde mais diálogos e atividades de repetições seriam apresentados.

O declínio do Audiolinguismo

O início do declínio desse método ocorreu devido a duas razões principais: 1. Os fundamentos teóricos como a teoria de aprendizagem e a teoria de Língua foram considerados dissonantes e ineficazes. 2. Os resultados práticos mostraram pouca expectativa uma vez que os alunos eram incapazes de usar a Língua em situações reais transferindo seus conhecimentos e práticas para fora da sala de aula.  Os escritos de Chomsky defendiam que “Língua não é hábito estrutural, envolve, no entanto, inovação e formação de novas sentenças de acordo com suas regras abstratas”. Ao invés do uso de repetições e imitações, as estruturas da Língua deveriam ser ensinadas de forma a serem geradas pelo aprendiz. Após o declínio do Audiolinguismo que se deu por volta da década de sessenta, iniciou-se um período de adaptações, inovações e experimentos que geraram certa confusão. Na década de setenta, o desafio de encontrar uma teoria de ensino de Línguas mais eficaz, deu surgimento a vários métodos alternativos que consistiam de variados e inovadores pressupostos teóricos.

[O Audiolinguismo é isso aí, mesmo. Muito bom, Edison. Alguém quer acrescentar algo sobre o Situational Language Teaching, que ficou de fora do resumo do Edison?]
O Método Audiolingual

        Esse método baseia-se nas seguintes premissas: a) língua é fala, não escrita; b) língua é um conjunto de hábitos; c) ensine a língua, não sobre a língua; d) a língua é o que os falantes nativos dizem, não o que alguém acha que eles deveriam dizer; e) as línguas são diferentes.

        A partir disso, o aluno só deve ser exposto à escrita quando os padrões da língua oral já estiverem bem automatizados, porque, para os estudiosos dessa área, a escrita é uma fotografia muito mal feita da fala. Por outro lado, o aluno não aprende errando, pois, nessa concepção metodológica, acredita-se que quem erra acaba aprendendo os próprios erros. O que vale afirmar que um aluno aprende uma língua pela prática, não através de explicitações ou explicações gramaticais. A tarefa primordial do planejamento de cursos é detectar as diferenças entre a primeira e a segunda língua, concentrando-se aí as atividades.

        Pode-se dizer que é o método dos DRILLS, que consiste em apresentar um modelo oral para o aluno, seja através de fitas gravadas ou pelo próprio professor, seguido de intensa prática oral.

        Principais características:

1.     o aluno deve primeiro OUVIR, depois FALAR, e então LER, para finalmente ESCREVER na L2;

2.     baseia-se na análise contrastiva entre  a língua materna (L1) e a língua-alvo (L2);

3.     o material novo é apresentado sob forma de diálogo;

4.     depende-se da mímica, da memorização de um conjunto de frases e da aprendizagem intensiva através da repetição, pois acredita-se que a língua é aprendida através da formação de hábitos do tipo S – R – R (estímulo – resposta – reforço);

5.     há uma seqüência nas estruturas gramaticais, que são aprendidas uma de cada vez;

6.     há pouca ou nenhuma explicação gramatical; a gramática é ensinada indutivamente;

7.     nos estágios iniciais, o vocabulário é rigorosamente controlado e limitado. E a pronúncia é enfatizada desde o início;

8.     há um grande empenho em se evitar que os alunos cometam erros;

9.     há o uso insistente de fitas gravadas, laboratório de línguas e material visual. As respostas certas são automaticamente reforçadas positivamente;

10.é permitido o uso controlado da língua materna do aluno;

11.pode-se comparar o professor a um treinador de animais, como um papagaio, por exemplo;

12.dá-se importância ao aspecto cultural da língua-alvo (L2);

13.há grande tendência em se manipular a linguagem sem preocupação com o conteúdo.


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