segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O Grande Gatsby (Algumas Versões de Síntese)


Nota: Também existe um filme de 1974, com Robert Redford e Mia Farrow, veja The Great Gatsby.    


The Great Gatsby (O Grande Gatsby) é um romance escrito pelo autor americano F. Scott Fitzgerald. Publicado pela primeira vez em 10 de abril de 1925, a história passa-se em Nova Iorque, e na cidade de Long Island, durante o verão de 1922 e é uma crítica ao "Sonho Americano".

O romance relata o caos da Primeira Guerra Mundial. A sociedade americana vive um nível sem precedentes de prosperidade durante a década de 1920, assim como a sua economia. Ao mesmo tempo, a proibição de produção e consumo de bebidas alcoólicas, ordenada pelo 18° aditamento, fez grande número de milionários fora do circuito de venda de mercadorias e provocou um aumento do crime organizado.

Embora Fitzgerald, assim como Nick Carraway no seu romance, idolatre os ricos e o glamour da época, ele não se conformava com o materialismo sem limites e a falta de moral, que traziam consigo uma certa decadência.

The Great Gatsby não se popularizou logo na sua primeira edição, vendendo menos de 25.000 cópias durante os 15 anos restantes da vida de seu autor.

Embora o livro tenha sido adaptado para uma peça da Broadway, e um filme de Hollywood, após um ano de publicação, ele foi esquecido durante a Crise de 1929, e a Segunda Guerra Mundial. Mais tarde, em 1945 e 1953, foi republicado e difundiu-se rapidamente ao encontrar um grande número de leitores, e agora a obra é frequentemente considerada como o Grande romance americano e um clássico literário. Atualmente "O Grande Gatsby" tornou-se o texto padrão em todas as escolas superiores e universidades em todo o mundo que estudam a literatura dos Estados Unidos.

A obra está classificada em segundo lugar no top 100 das melhores novelas do século XX.

Resumo
 Aviso: Este artigo ou seção contém revelações sobre o enredo (spoilers).

Nick Carraway, um jovem comerciante de Midwest, fica amigo de seu vizinho Jay Gatsby, um milionário conhecido pelas festas animadas que dava na sua mansão em Long Island. A fortuna de Gatsby é motivo de rumores; nenhum dos convidados que Nick conhece na festa de Gatsby sabe muito bem sobre o passado do anfitrião. Nick também visita Tom Buchanan, um antigo atleta universitário abastado, e sua mulher Daisy, que é prima de Nick.

Gatsby é famoso pelas festas, realizadas na sua mansão em West Egg. Todos os sábados, centenas de pessoas dirigem-se à casa de Gatsby para as alegres festas. Nick em seguida já se encontra na cena das festas, embora ele afirme que despreza inteiramente entretenimentos sem cultura. Mais tarde, Nick descobre que o milionário só mantinha estas festas na esperança que Daisy, seu antigo amor, fosse a uma delas por acaso. Daisy e Gatsby começam a ter um caso após um encontro arranjado através de Nick, a pedido de Gatsby. Enquanto isso, Nick e Jordan (uma personagem introduzida durante a primeira visita de Nick à casa de Tom e Daisy) começam um relacionamento, que Nick já prediz que será apenas superficial.

Eventualmente, numa cena explosiva no hotel em Manhattan, Tom percebe o amor de Gatsby por Daisy e alega que Gatsby é um gângster. Tom diz que esteve pesquisando sobre o milionário e expressa o seu ódio por ele através de acusações de prática de atividades ilegais. Durante esta cena, Gatsby força Daisy a contar para seu marido que ela nunca o havia amado e, na esperança de apagar os últimos cinco anos de seu casamento, ela simplesmente havia voltado para Gatsby. Daisy diz o que Gatsby lhe pediu para dizer, mas hesitantemente. Tom, observando inconformado esta ligação entre Daisy e Gatsby, ordena que eles se dirijam juntos de volta para a casa de Tom em Long Island, ridicularizando Gatsby, dizendo que ele não sabe o que pode acontecer entre ele e Daisy. Tom vai para casa com Nick e Jordan.

George Wilson, dono de uma garagem (amigo de Tom) e sua mulher, Myrtle (amante de Tom), também estavam tendo uma discussão. Ela correu para fora de casa e foi atropelada pelo carro de Gatsby, dirigido por Daisy, morrendo instantaneamente. No caminho de volta para casa, Tom, Jordan e Nick veem o acidente de carro. Tom vê que Wilson, um mecânico, finalmente teria algum negócio (eles já estiveram pensando em negociar um carro anteriormente), mas percebera que havia alguma coisa errada. Tom em seguida percebe que sua amada está morta. Durante esta cena, Wilson sai de sua garagem meio insano e em choque e comenta sobre o carro amarelo que teria atropelado Myrtle. Tom leva Wilson para um local privado e lhe conta que o carro amarelo não era seu; que ele estava dirigindo o carro amarelo de Gatsby mais cedo, quando eles estavam indo para o hotel e pararam na garagem de Wilson para encher o tanque. Wilson não parece ouvir, e deste ponto em diante ele é retratado como um personagem insano, louco. Ele passa a noite impaciente andando de lá para cá, murmurando absurdos enquanto seu vizinho pacientemente o observa. Então finalmente liga os fatos de que quem quer que esteja dirigindo o carro deveria ser quem estava tendo um caso com Myrtle e decide encontrar o carro amarelo.

Ele encontra-se na casa de Tom com uma arma e Tom (enquanto arruma a mala para uma viagem com Daisy) dá o nome de Gatsby para Wilson. Enquanto isso, Gasby está nadando em sua piscina oprimido pela depressão (da perda de sua amada), pensando que Daisy não o ama mais. Enquanto ele ainda espera uma ligação dela, Wilson vem e atira em Gatsby. E depois comete suicídio no gramado, não muito longe.

Com Gatsby morto, Nick tenta encontrar pessoas para irem ao seu funeral e somente descobre que ninguém de seus parceiros de negócios estaria lá para lamentar por ele. Finalmente, Mr. Gatz, pai do falecido (Gatsby deu para si mesmo um novo nome quando saiu de casa) veio para o funeral, aparentemente ainda preso ao passado. Ele mostrou para Nick uma fotografia bem desgastada da casa de Gatsby e um livro que Gatsby escreveu quando ainda era criança.

Apenas três pessoas foram ao funeral de Gatsby - Nick, Mr. Gatz, e "Owl Eyes" (olhos de coruja), uma homem qualquer que tinha ido a uma das festas de Gatsby no início do verão, mas que Nick nunca o havia visto antes. Depois da permanentemente difícil conexão entre ele e Jordan, Tom, e Daisy, Nick deixou Nova Iorque e foi embora para Midwest.


O Grande Gatsby
Scott Fitzgerald
 "O Grande Gatsby" se passa na Long Island dos anos 1920, com jovens belas e exóticas, muito álcool, jazz, elegância, glamour e, pairando sobre tudo, a certeza de que a vida seria uma festa sem fim. Para Jay Gatsby, a voz de Daisy era inesquecível porque "soava a dinheiro". Romântico e sentimental, de uma beleza melancólica e triste, o livro retrata a recusa da maturidade, a incapacidade de envelhecer e uma obstinação: a de continuarem todos jovens e ricos para sempre.

Síntese
 Desde que foi lançada, em 1925, a história de Jay Gatsby tornou-se uma parábola exemplar do sonho americano.

 Protótipo do self-made man, Gatsby acumula grande fortuna e se torna figura lendária de uma América próspera, embalada pelo ritmo do jazz, as máquinas de Detroit e o cinema de Hollywood. Sua história de ascensão é narrada a distância por Nick Carraway, um convidado assíduo às suas festas. Carraway logo descobre a infelicidade íntima de seu "herói", que cultiva um antigo amor, até aquele momento mal resolvido, pela mulher de um milionário.

 A atmosfera de euforia e vazio que toma conta de O Grande Gatsby é uma das melhores imagens da geração de F. Scott Fitzgerald (1896-1940), certamente seu melhor intérprete.

 Numa enquete feita pela prestigiosa série "Modern Library", o livro foi considerado o segundo melhor romance de língua inglesa do século 20, atrás apenas do Ulisses de James Joyce.

 Há várias versões do livro para o cinema, entre as quais a do diretor Jack Clayton, com roteiro de Francis F. Coppola e Robert Redford no papel-título.

No romance O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald, o dinheiro, o poder e a estabilidade são sinónimos de felicidade, aos olhos de Jay Gatsby. A felicidade é a sua meta, o seu desejo final; mas essa visão, esse sonho é distorcido pela sua ignorância e pela corrupção da sociedade em que se insere.

 Por cinco anos Gatsby sonhou com a perfeição, vislumbrando a sua beleza, a luz pálida que transmitiria para toda eternidade, ignorante às realidades que lhe penetraram cada pensamento ou acção. Gatsby quis Daisy, a pequena flor perfeita esperando ser colhida por um homem, o homem certo, um homem que poderia fornecer a estabilidade financeira e a segurança de que ela necessitava. Daisy recebeu não o que quis, pois também queria Gatsby, mas o que, ou quem, merecia, alguém justamente como si própria: Rico, manipulador e egoísta. Parece como se nada jamais terminasse como devia: O sonho de Gatsby foi destruído por Tom e por Daisy pois estes destruíram tudo e todos para depois se esconderem por detrás do dinheiro, negando qualquer responsabilidade pelos seus actos. Daisy recebeu o que mereceu, tal como Gatsby ao olhar tão cegamente para essa luz verde sem nunca ter compreendido que procurava alcançar o inalcançável. Desperdiçou a sua vida num sonho que nunca se realizaria, abrigando o que restava do seu passado, incapaz de ver a falha no seu futuro, na Daisy, em tudo, até que foi tarde demais.

 Nick, como Gatsby, teve um sonho, ou pelo menos a aparência de um, que julgava verdadeiro e correcto; por isso se mudou para a zona de West Egg, para seguir esse sonho num novo mundo de mudança e oportunidade. Ele ?comprou dúzias de volumes recorrendo à banca e ao crédito?isso ficou?em vermelho e dourado, como dinheiro novo saído da Casa da Moeda, prometendo desvelar os segredos brilhantes que apenas Midas, Morgan e Maecenas sabiam.? Gatsby também tinha estes livros, teve tudo, mas ter tudo, os livros, a casa, as festas, não significava nada para os que o rodeavam, eles eram somente outra fachada para atrair a única coisa que ele realmente queria, quando simultaneamente sempre soube que ficaria sozinho. Gatsby permaneceu preso no seu sonho, engolido pela majestade, a beleza e a perfeição que procurou em Margarida. Nick pensou ter visto o mesmo em Jordan, mas a sua beleza e o seu ?sorriso insolente? não eram mais do que gestos espúrios destinados a iludir e enganar quem anda ao seu redor. Ao contrário de Gatsby, Nick via através da máscara, para a mulher dentro dela. Gatsby não quis Daisy, ele quis a ideia dela, uma flor, uma margarida, ele queria somente o que todos os outros queriam; apaixonou-se pelo sonho e preferiu ignorar a realidade. A maioria nunca recebe o que verdadeiramente quer, mas sim o que merece. Wilson quis que a sua esposa o amasse, o acarinha-se, que permanecesse com ele, mas era demasiado cego para ver que ela nunca poderia cumprir esses deveres, mesmo como sua esposa. Pedia um coração partido, assim como Gatsby pedia a decepção que encontrou na verdade.

 Somos o que queremos. Tom e Daisy, independentemente de quanto horríveis podiam ser como casal, eram perfeitos um para o outro, cada um era uma reflexão do outro. Já Gatsby e Daisy eram inteiramente diferentes um do outro: um vivendo no passado, o outro no presente, um com nada a perder, o outro com tudo perder. Não importava quanto dinheiro ele tivesse, quantos festas pródigas promovia, ele nunca seria o homem de que ela necessitava, ele nunca a teria, tal como jamais alcançaria essa luz verde, esse sonho inalcançável.




Um mapa foi cuidadosa e atabalhoadamente confeccionado pela tradutora deste romance, com vistas a se localizar na geografia mítica de Fitzgerald, que mistura logradouros inventados à cartografia real de Long Island.

O objetivo é ajudar o leitor a se situar nas andanças dos personagens pela região e no caminho até Manhattan.

A fictícia “West Egg” do livro, onde moram Gatsby e Nick Carraway, corresponde a Kings Point, na península de Great Neck. A badalada “East Egg”, onde vivem os Buchanan, corresponde a Sands Point, na península de Cow Neck.

O lendário Vale das Cinzas, onde se localiza a oficina de George Wilson e onde ocorre o acidente, é uma região comprida e desolada, conhecida na época como o Depósito de Corona, no Queens, onde eram descartadas as cinzas industriais das fornalhas de carvão, além de lixo e esterco. Em 1936, a área foi revitalizada para a Feira Mundial de 1939-40, e hoje abriga o Flushing Meadows Corona Park (onde até há pouco tempo havia o Shea Stadium).

Pode-se dizer que a oficina de Wilson no Vale das Cinzas fica próxima ao ponto onde a rodovia e a ferrovia cortam o rio Flushing. Em sua geografia mítica, Fitzgerald teve de aproximar o traçado de ambas para poder situar a oficina à beira da estrada e a pouca distância da ponte levadiça que define a parada dos trens.

Recomenda-se que o leitor imprima este garboso mapa de proporções razoavelmente fidedignas a fim de anexá-lo à última página do livro, podendo se sentir à vontade para percorrer os passos dos personagens com a ajuda de peões coloridos, feijões ou carrinhos do Jogo da Vida.

Observação: Como base, usei uma foto de satélite gentilmente fornecida pelo Google Earth, transcrita em papel vegetal com canetinhas e lápis de cor. Fica o agradecimento a Jennifer Roberts, professora de literatura americana da Point Loma High School, em San Diego, Califórnia, que postou em seu blog este belo mapa, que adotei como esboço.

5. O Grande Gatsby
 Sinopse
MAURÍCIO SANTANA DIAS
 da Folha de S.Paulo

 Desde que foi lançada em 1925, a história de Jay Gatsby tornou-se uma parábola exemplar do sonho americano.

 Protótipo do self-made man, Gatsby acumula grande fortuna e se torna figura lendária de uma América próspera, embalada pelo ritmo do jazz, as máquinas de Detroit e o cinema de Hollywood. Sua história de ascensão é narrada à distância por Nick Carraway, um convidado assíduo às suas festas. Carraway logo descobre a infelicidade íntima de seu "herói", que cultiva um antigo amor, até hoje mal resolvido, pela mulher de um milionário.

 A atmosfera de euforia e vazio que toma conta de O Grande Gatsby é uma das melhores imagens da geração de F. Scott Fitzgerald (1896-1940), certamente seu melhor intérprete.

 Numa enquete feita pela prestigiosa série "Modern Library", o livro foi considerado o segundo melhor romance de língua inglesa do século 20, atrás apenas do Ulisses de James Joyce.

 Há várias versões do livro para o cinema, entre as quais a do diretor Jack Clayton, com roteiro de Francis F. Coppola e Robert Redford no papel-título.

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