A palavra "Sikh" significa "disciplina". Não há uma hierarquização na organização clerical da religião. Os cultos podem ser realizados nos templos ou em suas próprias casas, onde hinos de louvor são cantados e orações matinais são feitas. A figura do guru significa, para os sikhistas, o guia dos seguidores para sua libertação (Moksa). Os sikhistas adotam como textos sagrados o Guru Grant Sahib e o Janam-Sakhis, ou "Histórias da Vida", escrito 80 anos após a morte de Nanak, o fundador da religião (cuja origem é remontada à Índia do século XV).
Fundado pelo Guru Nanak, nascido em 1469, o sikhismo - religião predominante na Índia - conseguiu, ao longo dos séculos, formar um corpo fiel de seguidores. Seus discípulos acreditam na unificação divina. Dessa forma, contestam o politeísmo dos hindus (por exemplo) e pregam a valorização do amor. Atualmente, estima-se que no mundo existam cerca de 20 milhões de adeptos dessa religião. Os fiéis sikhs acreditam que sua religião é, além de tudo, um modo de vida.
Do hinduísmo vieram a aceitação das idéias do "sansara" - o ciclo de renascimentos e do "karma". Todavia, o sikismo é claro nas suas crenças na unidade de deus, rejeitando idolatria e qualquer adoração de objetos ou imagens. Possivelmente refletindo a influência das crenças islâmicas, Guru Nanak também opôs-se ferozmente a discriminação com relação as castas.
Alguns dos ensinamentos do Guru Nanak são próximos das idéias do místico Benaras, Kabir, que acreditava numa mística união com deus. Guru Nanak acreditava que deus é um, sem forma, eterno e além de qualquer descrição. Todavia, ele também via deus como presente em todos lugares, visível para qualquer um que tinha interesse em vê-lo e essencialmente cheio de graça e compaixão. Guru Nanak assegurava que a salvação dependia da aceitação da natureza de deus. Se o homem reconhece-se a verdadeira harmonia da ordem divina (hukam) e viesse para dentro desta harmonia ele seria salvo. Todavia, Guru Nanak rejeitou a crença hindu, que dizia que tal harmonia poderia ser alcançada por práticas ascéticas. Em seu lugar ele enfatizou três ações: meditação om e a repetição do nome de deus (nam), doação ou caridade (dan) e banhar-se (isnan). Muitas das características agora associadas com o sikismo pode ser atribuída ao Guru Gobind Singh. Em 15 de abril de 1699, ele iniciou a nova irmandade chamada a "Khalsa" (significando "o puro", vindo da palavra persa khales), o âmago interior do fiel, aceito pelo batismo (amrit). Os "cinco k" datam deste período: kesh (não cortar o cabelo), kangha (pentear-se), kirpan (punhal ou espada curta), kara (bracelete de aço) e kachh (brusco esbofetear - aqui no original aparece uma expressão gramatical de difícil tradução). O mais importante é não cortar o cabelo, adotado antes dos outros quatro. O punhal e o brusco esbofetear reflete a influência militar, enquanto o bracelete de aço pode ser um forma de charme ou encanto. Em adição aos obrigatórios "cinco k", o novo código proibia fumar e relações sexuais com mulheres muçulmanas. Estes datam do século XVIII, quando os sikhs estavam freqüentemente em conflito com os muçulmanos. Outros estritas proibições incluem: idolatria, discriminação de castas, hipocrisia e peregrinação para lugares sagrados hindus.
Muitas casas sikhs tem um quarto onde os membros da casa tem sua meditação particular e recitação dos versos de meditação do Guru Nanak, o Japji. Todavia, a partir do terceiro Guru, Amar Das, sikhs tem também adorado como congregações em templos conhecidos como Gurudwaras (porta para o Guru). O Templo de Ouro em Amritsar, construído pelo Guru Arjan Dev (o quinto Guru) no final do VI século, é o mais antigo templo sikh.
A crença central de Sikhism é de que há um só deus para toda a criação. Meditando e pronunciando o seu nome, todo ser humano pode alcançar a união com Deus. Todo homem ou mulher, para ser um Sikh, deve acreditar em um só deus, seguir os ensinamentos dos dez gurus e do Guru Granth Sahib, receber o AMRIT de KHANDE (batismo Sikh) e não seguir nenhuma outra religião.
Todo Sikh batizado faz votos de praticar os cinco "k", que são:
Kesh - Não cortar Cabelos e barba, mantê-los como foram dados por Deus. Kangha - Um pente de madeira para manter os cabelos sempre alinhados. Kachera - Túnica especialmente feita de algodão, simbolo da pureza. Kara - Um bracelete de aço, significando a bondade a verdade e a liberdade. Kirpan - A espada, com que o Khalsa (sacrifício)é cometido para defender o direito à verdade. |
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segunda-feira, 9 de abril de 2012
Sikhismo
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