O Judaísmo surgiu no Oriente Médio, há 3500 anos, fundado por Abraão e Moisés. É considerada a primeira religião monoteísta da história, que deu origem ao Cristianismo e ao Islamismo. Tem como crença principal a existência de um único Deus, criador de todo o universo. Seus templos chaman-se Sinagogas, seus líderes espirituais são chamados Rabbis ou Rabinos. Seu Livro Sagrado, chamado Torah ou Tanakh é a Bíblia Hebraica, especialmente os cinco primeiros livros do Antigo Testamento: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio ( pentateuco ). O Talmud é uma coleção de leis que inclui o Mishnah, Targumin, Midrashim, uma compilação em hebraico das leis orais, e o Gemará, comentários dessas leis, feitos pelos rabinos, em aramaico. Segundo as escrituras judaicas, Deus firmou um acordo com os hebreus, fazendo com que eles se tornassem o povo escolhido para ocupar Canaã a "Terra Prometida", onde corria leite e mel.
De acordo com as escrituras judaicas, por volta de 1800 AC, Abraão recebeu uma sinal de Deus para abandonar o politeísmo e seguir para Canaã ( atual Palestina ). Abraão teve dois filhos, o primeiro com sua escrava Hagar chamado Ismael e outro chamado Isaque, com sua esposa Sarah. Isaque tem um filho chamado Jacó. Este, num certo dia, luta com um anjo de Deus e tem seu nome mudado para Israel, que significa: "Aquele que luta com Deus". Os doze filhos de Jacó dão origem as doze tribos que formavam o povo judeu. Por volta de 1700 AC, o povo judeu migra para o Egito onde são escravizados pelos faraós por aproximadamente 400 anos.
A libertação do povo judeu ocorre por volta de 1300 AC. A fuga do Egito foi comandada por Moisés, que recebe as tábuas dos Dez Mandamentos no monte Sinai. Durante 40 anos ficam peregrinando pelo deserto, até receber um sinal de Deus para voltarem para a terra prometida, Canaã. Jerusalém é transformada num centro religioso pelo rei Davi. Após o reinado de Salomão, filho de Davi, as tribos dividem-se em dois reinos: Reino de Israel e Reino de Judá. Neste momento de separação, aparece a crença da vinda de um messias que iria juntar o povo de Israel e restaurar o poder de Deus sobre o mundo. Em 721 começa a diáspora judaica com a invasão babilônica. O imperador da Babilônia, após invadir o reino de Israel, destrói o templo de Jerusalém e deporta grande parte da população judaica. No século I, os romanos invadem a Palestina e destroem o templo de Jerusalém. No século seguinte, destroem a cidade de Jerusalém, provocando a segunda diáspora judaica. Após estes episódios, os judeus espalham-se pelo mundo, mantendo vivas sua cultura e religião. Durante a segunda Guerra Mundial, o Povo Judeu é perseguido pelo Nazismo de Hitler e 6 milhões de Judeus foram assassinados no Holocausto. Em 1948, após a criação do estado de Israel, o povo judeu retoma o caráter de unidade política.
O Judaísmo é uma crença monoteísta que se apóia em três pilares: A Torá, as Boas Ações e a Adoração de um Deus único. Por ser uma religião que valoriza a moralidade, grande parte de seus preceitos baseia-se na recomendação de costumes e comportamentos "retos".
O Deus apresentado pelo Judaísmo é Yaveh, uma entidade viva, vibrante, transcendente, onipotente e justa. Entre os homens, por sua vez, existem laços fraternos, e o dever do ser humano consiste em "praticar a justiça, amar a misericórdia e caminhar humildemente nas sendas divinas". Em essência, o Judaísmo ensina que a vida é uma dádiva de Deus e, por isso, devemos nos esforçar para fazer dela o melhor possível, usando todos os talentos que o Criador nos concedeu.
A prática da religião está presente no dia-a-dia do judeu. Ela se estende até à sua alimentação, que deve ser kosher, ou seja, livre de impuresas ( certas carnes, como a suína, entre outras substâncias, não são permitidas ). Outro hábito é a observação do Shabat, o dia do descanso, que se estende do pôr-do-sol da sexta-feira até o pôr-do-sol do sábado, e que é celebrado com rezas, leituras e liturgias nas Sinagogas.
Todos os aspectos da vida judaica estão manifestos em suas comemorações de ano novo, nas quais encontram-se dias solenes, dias de jejum e dias de alegria. Não é simples coincidência o primeiro mês do ano conter "amostras" de cada faceta da vida judaica, pois são uma introdução e diretriz para o ano inteiro.
Rosh Hashaná É o início do Ano Novo Judaico, o dia no qual o primeiro ser humano – Adam (Adão) – proclamou a soberania de Deus sobre todo o Universo. Quando estamos para iniciar algo novo em nossas vidas, tomar decisões, etc., devemos lembrar que Deus é o Criador do Céu e da Terra e o Governante único do Universo; assim, qualquer ação deve ter a Sua aprovação. Assêret Yemê Teshuvá Durante os Dez Dias de Arrependimento, os judeus se recordam que, sendo servos do Rei, devem manter seus atos em constante verificação. Naturalmente, uma vez que somos apenas humanos, estamos sujeitos a falhas. Yom Kipur O dia do Perdão nos mostra que nunca é tarde demais para o retorno, se o fizermos com sinceridade, remorso, rejeição dos defeitos passados e tomarmos novas e firmes resoluções para melhorar no futuro. Se estas decisões forem resolutas, Deus nos perdoará e anulará nossos pecados. Sucot Nos recorda as "Nuvens de Glória", com as quais Ele nos cercou durante os quarenta anos desde a saída do Egito. Pode parecer difícil alterar velhos hábitos e cumprir práticas desconhecidas, mas Sucot nos ensina a não nos desesperarmos em dias de dificuldade, mesmo que nos encontremos em minoria, pois Deus nos protege a todo instante. Shemini Atsêret e Simchat Torá Finalmente, para saber como conduzir a vida conforme os desejos Divinos, temos Shemini Atsêret e Simchat Torá, as festas de júbilo da Torá, na qual Deus nos deu as Divinas Leis de just-iça e honestidade e um completo e verdadeiro guia para a vida. Conduzindo a vida de acordo com Sua vontade, podemos assegurar felicidade total, pois a Torá é a "árvore da vida para aqueles que nela se apoiam; são felizes os que a sustentam." Pessach - A Ordem do Seder A cada geração cada ser humano deve se ver como se ele pessoalmente tivesse saído do Egito. Pois está escrito: "Você deverá contar aos seus filhos, neste dia, "Deus fez estes milagres para mim, quando eu saí do Egito..." (da Hagadá) Kadesh (Santificação) Recita-se o kidush sobre o vinho, e bebe-se o primeiro copo, estando sentado e reclinado para a esquerda. Também recita-se a benção Shehecheianu, agradecendo a Deus por nos ter permitido chegar a este dia. Urchatz (Lavagem) Lavamos as mãos fazendo a água escorrer de um caneco, duas vezes em cada mão, começando com a direita, porém, sem fazer a benção. Urchatz se enquadra na categoria de coisas que se faz para atiçar a curiosidade das crianças. Karpas Pega-se um pequeno pedaço de karpas (batata, ou outro vegetal), e mergulha-se na água salgada. Então faz-se a benção "... bore pri ha'adamá", que também se aplica posteriormente ao maror, e come-se o vegetal. Mergulhá-lo em água salgada lembra-nos das lágrimas e do suor que o Povo Judeu tinha durante o longo período de escravidão. Assim como o urchatz, este ato atiça a curiosidade dos jovens. Yachatz (divisão da matzá) Quebra-se a matzá do meio em dois, embrulhando o pedaço maior e separando-o de lado para o Afikoman. Isto é o que as crianças esperam. Elas tentam "roubar" o Afikoman, e depois "negociam um resgate" para devolvê-lo. Maguid (Conto) É contada a história de como Deus nos salvou da escravidão no Egito e como foi o primeiro Pessach. O chefe da casa explica a história de maneira que todos possam entendê-la. Esta é a parte principal do Seder: a discussão sobre a saída do Egito, e o significado do termo cherut (liberdade). Bebe-se o segundo copo de vinho, antes do Ma Nishtaná. Rachatzá (Lavagem) Desta vez lava-se as mãos também com o caneco, duas vezes sobre cada mão, começando com a direita, e faz-se a benção, como forma de preparação para comer-se a matzá. Esta é o procedimento para todas as refeições em que se comer matzá Motzi Matzá O chefe da casa levanta os três pedaços de matzá, fazendo duas brachot. As suas matzot de cima são quebradas e distribuídas. Maror (Raíz forte) Come-se, com a devida benção, a raiz forte, representando a amargura da escravidão e do trabalho pesado pelo qual os judeus passaram no Egito. Korech (Sanduíche) Faz-se um sanduíche de matzá, maror e charosset (que simboliza o barro utilizado pelos judeus em seu trabalho de construção no Egito). Shulchan Orech (A Refeição) Uma refeição festiva é servida. Não há nenhum requerimento especial quanto a esta refeição, com excessão do lugarzinho que deve ser reservado para o Afikoman, após a refeição. Tzafon (Comendo o Afikoman) Tzafon significa escondido. Neste ponto deve-se comer a matzá que havia sido 'escondida' para a 'sobremesa'. O objetivo é manter as crianças acordadas e atentas até esta parte do Seder, quando elas negociam a devolução do Afikoman em troca de algum presente dos pais. Barech (Bircat HaMazon) (Prece após as refeições) Faz-se a prece após as refeições agradecendo a Deus por tudo que recebemos e depois faz-se a brachá para o vinho e bebe-se o terceiro copo. Bebe-se o quarto copo de vinho. Um quinto copo é preparado e colocado na mesa do Seder para o profeta Eliahu (Elias), que é esperado em Pessach para anunciar a chegada do Mashiach (Messias). A porta da casa costuma permanecer aberta, para permitir a entrada do profeta. Isto serve também para expressar nossa fé de que nada de ruim nos acontecerá na noite do Seder. Há um outro motivo mais desagradável para manter a porta aberta. Durante a Idade Média, os judeus eram acusados dos assassinatos rituais ( matar jovens cristãos para usar seu sangue para fazer matzot). Apesar de absurda, esta acusação foi feita até o século XIX, resultando em centenas de manifestações e na morte de diversos judeus). Daí fica-se com a porta aberta, para que a mesa do Seder seja vista por todos sem desconfiança. Halel (Salmos) São recitados alguns salmos, para terminar a noite com alegria. Nirtza (Ser aceito) A finalização do Seder é feita com uma série de músicas e cantorias, sumarizando a fé que nos faz viver até os dias de hoje. Depois disso, deseja-se a todos "LeShana HaBa'á B'Ierushalaim" - que no próximo ano estejamos em Jerusalém, reconstruída, representando nosso esperança na chegada da Redenção Final e na vinda do Mashiach.
A expressão "Bar-Mitsvá" se origina parcialmente do aramaico, a língua do Talmud. "Bar" significa literalmente "filho de", e "mitsvá" significa "mandamento". Assim, um "bar-Mitsvá" é um "filho do mandamento".
A ocasião mais importante na vida de um judeu chega quando ele atinge a idade para entrar na aliança com Deus e no compromisso de manter, estudar e praticar todos os mandamentos da Torá, aos treze anos de idade. O sagrado livro Zôhar explica que no dia do décimo terceiro aniversário de um menino, a alma Divina é revelada com maior intensidade, e exerce uma maior influência. Neste momento os jovens tornam-se aptos a responder pelo cumprimento das mitsvot. Esta é a razão de se fazer uma comemoração especial neste dia. Uma Seudat Mitsvá (refeição completa com pão e carne) é preparada por ocasião do Bar-Mitsvá. Durante a refeição, o rapaz pronuncia um Devar Torá (um breve, mas profundo comentário sobre algum aspecto da Torá). Costumes A partir desta data o jovem deve colocar Tefilin diariamente (exceto em Shabat, Yom Tov e Chol Hamoêd) e cumprir todas as leis judaicas. O jovem deve ser chamado à Torá para recitar as devidas bênçãos, na primeira oportunidade. Após a cerimônia faz-se uma refeição, denominada Seudat Mitsvá, que deve conter pão e carne. Nesta refeição, o jovem faz um discurso baseado na Torá. Na conclusão da refeição, recita-se Bircat Hamazon, a Bênção de Graças. É costume no dia do Bar-Mitsvá o jovem e seus pais fazerem maior doação do que o habitual para caridade, para que este ato lhes traga uma bênção especial. Bênção recitada pelo pai do jovem: Após ser chamado à Torá pela primeira vez, quando o filho conclui a segunda bênção, o pai recita uma bênção na qual agradece a Deus pela chegada deste momento tão feliz e por isentá-lo da responsabilidade pelos atos do filho, transferindo tudo ao próprio filho, através da seguinte declaração testemunhada por todos os presentes: Baruch shepetaráni meônesh halazê. "Bendito é Ele que me livrou de ser punido por este menino."
Atualmente a fé judaica conta com 12 milhões de seguidores por todo o mundo, porém a maioria se concentra em Israel e nos EUA e existem quatro ramos principais do Judaísmo: Judaísmo Ortodoxo, Judaísmo Conservador, Judaísmo Reformado e Judaísmo Messiânico.
Judaísmo Ortodoxo Corrente que se caracteriza pela observação rigorosa dos costumes e rituais em sua forma mais tradicional, segundo as regras estabelecidas pelas leis escritas e na forma oral. É a mais radical das vertentes judaicas. Judaísmo Conservador Defende a idéia de que o Judaísmo resulta do desenvolvimento da cultura de um povo que podia assimilar as influências de outras civilizações, sem, no entanto, perder suas características próprias. Assim, o Judaísmo Conservador não admite modificações profundas na essência de suas liturgias e crenças, mas permite a adaptação de alguns hábitos, conforme a necessidade do fiel. Judaísmo Reformado O Movimento Reformista defende a introdução de novos conceitos e idéias nas práticas judaicas, com o objetivo de adaptá-las ao momento atual. Para esta corrente, a missão do judeu é espiritualizar o gênero humano - a partir deste ponto de vista, torna-se obsoleto qualquer preceito que vise separar o judeu de seu próximo, independentemente de crença ou nação. Judaísmo messiânico Ou Judeus por Jesus, é teoricamente, um ramo do Judaísmo que apesar de não ser aceito como tal pela comunidade judaica tradicional, identificam o Messias esperado na Pessoa de "Jesus" de Nazaré, a quem eles chamam de Yeshua HaMashiach. Em hebraico, significando Yeshua, o Messias, sendo este, considerado o nome original de Jesus, fato esse confirmado por inúmeras autoridades como o ex-professor de judaísmo antigo da Universidade Hebraica de Jerusalém, David Flusser, honrado com o "Prêmio Israel de Literatura", pelo livro "Jesus". Este movimento nasceu com Yeshua e seus talmidim (discípulos), desenvolvendo-se através da comunidade messiânica do 1° século, conforme descrito na Brit Chadashá (Nova Aliança ou Novo Testamento), mais especificamente no livro de Atos dos Apóstolos. O Movimento era visto pela comunidade judaica no 1° século como um ramo do Judaísmo, sendo denominado como "Seita dos nazarenos" (Atos 24:5;9:2), e seus adeptos como "os seguidores do Caminho" - (Atos 22:4; 24:14; 18.26). |
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segunda-feira, 9 de abril de 2012
Judaismo
Taoismo
O Taoísmo surgiu na China, durante a dinastia do imperador Han, no século II. A origem da filosofia Taoísta é atribuída aos ensinamentos do mestre chinês Lao Tsé (velho mestre), um contemporâneo de Confuncio, nos anos 550 a.C. Tchuang-tseu, um discípulo de Lao Tsé e filósofo chinês, que morreu no princípio do século III, desenvolveu e proliferou os ensinamentos de seu mestre.Tchuang-tseu escreveu uma média de 33 livros sobre a filosofia de Lao-Tsé, que resultou na composição de 1.120 volumes, os quais formam o Cânon Taoísta. Ele acreditava que o "Tao-te-Ching" era a fonte da sabedoria e a solução para todos os problemas da vida
Lao Tsé nasceu no sul da China por volta do ano 604 a.C. Ocupava um importante cargo no governo, como superintendente judicial dos arquivos imperiais em Loyang, capital do estado de Ch'u. Por desaprovar o sistema tirânico de governo dos regentes chineses, Lao Tsé renunciou ao seu cargo e passou a ensinar que os homens deveriam viver uma vida simples, sem honrarias ou conhecimento.
Os ensinos de LaoTsé eram, em parte, uma reação contra o Confucionismo humanístico e ético daquele tempo, o qual ensinava que as pessoas só poderiam viver uma vida exemplar, se estivessem em uma sociedade bem disciplinada, e que se dedicassem aos rituais, deveres e serviços públicos. O Taoísmo, por sua vez, enfatizava que as pessoas deveriam evitar todo tipo de obrigações e convívios sociais, e se dedicassem a uma vida simples, espontânea e meditativa, voltada à natureza. Aos 80 anos de idade, Lao Tsé comprou um boi e uma carroça e partiu em direção ao Tibete. Ao chegar a fronteira da província, Yin-hsi, um policial o reconheceu e não o deixou passar exigindo que, para cruzar a fronteira, Lao Tsé deveria deixar seus ensinamentos por escrito. Lao Tsé, regressou para sua casa e após três dias retornou com os ensinamentos escritos em um pequeno livro com aproximadamente 5.500 palavras que ele denominou de "Tao te Ching", o "Caminho e seu Poder" ou o "Caminho e Princípios Morais". Logo após, ele montou em um búfalo e partiu para nunca mais voltar. Lao Tsé morreu no ano 517 a.C.
O Taoísmo se baseia em um sistema politeísta e filosófico de crenças que assimilam os antigos elementos místicos e enigmáticos da religião popular chinesa, como: culto aos ancestrais, rituais de exorcismo, alquimia e magia. O Taoísmo é uma religião anti-intelectual, que leva o homem a contemplar e se sujeitar às leis da natureza, ao invés de tentar compreender a estrutura destes princípios. O credo do Taoísmo é: "Sujeite-se ao efeito, e não busque descobrir a natureza da causa." A doutrina básica do Taoísmo se resume em uma forma prática, conhecida como as "Três Jóias": compaixão, moderação e humilhação. A bondade, simplicidade e delicadeza também são virtudes valorizadas no Taoísmo.
Segundo os ensinamentos do Taoísmo, o Tao (caminho) é considerado a única fonte do universo, eterno e determinante de todas as coisas. Os taoístas crêm que quando os eventos e coisas são permitidas existir em harmonia natural com a força macro-cósmica, então existe paz. DEUS Apesar do Taoísmo originalmente ignorar um Deus criador, os princípios do Tao eventualmente tem o conceito de Deus. LaoTsé escreveu: "Antes do céu e da terra existirem, havia algo nebuloso... Eu não sei o seu nome, e eu o chamo de Tao." YIN e YANG O Taoismo considera que tudo no mundo é composto pelos elementos opostos Yin e Yang. O lado positivo é o yang, e o negativo, o yin. Esses elementos transformam-se, complementam-se e estão em eterno movimento, equilibrados pelo invisível e onipresente Tao. Yang é a força positiva do bem, da luz e da masculinidade. Yin é a essência negativa do mal, da morte e da feminilidade. Quando esses elementos não estão equilibrados, o rítmo da natureza é interrompido com desajustes, resultando em conflitos. A filosofia taoísta ensina que, da mesma forma que a água se modela dentro de um copo, o homem deve aprender a equilibrar seu Yin e Yang, a fim de viver em harmonia com essa força universal, o Tao.
CULTO AOS ANCESTRAIS
Para os chineses, a maioria dos deuses são pessoas que tiveram poder excepcional durante a sua vida. Por exemplo, Guan Di, que é o deus protetor dos negociantes, foi um general dos anos 200 d.C. EXORCISMO O Taoísmo possui um sacerdócio hereditário, principalmente em Taiwan. Esses sacerdotes dirigem rituais públicos, durante os quais, eles submetem as orações do povo aos deuses. O sacerdote principal, que no momento da cerimônia se encontra em transe, se dirige a outras divindades, representando outros aspectos do Tao, em favor do povo. O Taoísmo enfatiza que os demônios devem ser aplacados com presentes, a fim de assegurar a passagem do homem na terra. ALQUIMIA Enquanto os Alquimistas na Europa Medieval procuravam, sobretudo, descobrir a pedra filosofal e o elixir da longa vida, o imperador Shi Han enviava expedições navais para várias ilhas, a fim de descobrir a erva da imortalidade. O imperador Wu Tsung tomou medicamentos taoístas para eterificar seus ossos. Os chineses buscam no Taoísmo a cura de seus males físicos e a libertação de espíritos maus. MAGIA Os discípulos de Lao Tsé praticavam a arte oculta da magia para produzir, por meio de certos atos e palavras ou por interferência de espíritos (demônios), efeitos e fenômenos contrários às leis naturais. Diziam ter poder sobre a natureza e se tornaram advinhos e exorcistas. NECROMANCIA A consulta aos mortos teve início no século II, quando o imperador Han edificou um templo em honra a Lao Tsé, e o próprio imperador ofereceu sacrifícios à ele.
ARTES MARCIAIS
É ensinado nas artes marciais como: kung-fu, wo-shu, karatê, judô, aikidô, tai-chi-chuan e jujitsu, que o equilíbrio da pessoa com o Tao é estabelecido quando a "Força" ou "Ch'i", uma energia que sustenta a vida, flui no corpo e se estende a fim de destruir o seu oponente. ACUPUNTURA Usando a mesma filosofia, eles vêm a saúde fisiológica como a evidência do equilíbrio do Yin e Yang. Se estes elementos estão desequilibrados, as enfermidades surgem. Eles ensinam que para restaurar a saúde necessita haver uma ruptura no fluxo do Yin e Yang, o qual é feito através de agulhas inseridas no corpo. Uma vez que o equilíbrio dos elementos tenham sido restabelecidos, a força do Tao pode fluir livremente no corpo trazendo a cura. CHI-KUNG Tradicional arte chinesa de autoterapia baseada nos mesmos princípios da acupuntura. YOGA Apesar da yoga não referenciar ao Taoísmo, ela incorpora a mesma filosofia da "Força" como sustentador da vida e da estética. O Taoísmo professa a longevidade e a imortalidade física pela perfeita submissão à ordem natural universal, através da yoga, meditação, prática de exercícios físicos e respiratórios e dietas especiais.
Perseguido na República Popular da China a partir de 1949, o Taoismo conta atualmente, com cerca de três mil monges e 20 milhões de adeptos em todo o mundo, sendo muito popular em Hong Kong e na Tailândia, com mais de 360 templos. O Taoismo está dividido em dois ramos: o religioso e o filosófico.
O Taoísmo religioso possui escritura sagrada, sacerdócio, templos e discípulos. Também crêem numa nova era que há de vir para derrotar o sistema estabelecido. Ao contrário de outras religiões, não professa a vida após a morte, mas busca a longevidade e a imortalidade física pela perfeita submissão à ordem natural universal. Somente a partir do século VII é que o Taoísmo veio a ser aceito como religião formal. Com o passar do tempo, incluiu em seu sistema religioso a crença em deuses, céu e inferno e a deificação de Lao Tsé. O Taoísmo filosófico é ateísta e busca levar o homem a uma harmonia com a natureza através do livre exercício dos instintos e da prática de mentalizações. Os pontos essenciais da doutrina são: o Tao é a única fonte do universo e determina todas as coisas; tudo no mundo é composto pelos elementos opostos yin e yang. Esses elementos transformam-se uns nos outros e estão em eterno movimento, equilibrado pelo invisível e onipresente Tao; a melhor maneira de agir é seguir as leis da natureza, em cuja aparente mutação se oculta a unidade do Tao. Embora formulado há mais de 2.500 anos, o taoísmo filosófico continua influenciando a vida cultural e política da China até hoje. |
Zoroastrismo
O Zoroastrismo ou Mazdeísmo é uma religião monoteísta fundada na Pérsia por Zaratustra, a quem os Gregos chamaram Zoroastro. Buscando sua origem ainda mais remota, Zoroastro (Zeroashta) quer dizer: "semente da mulher". Também pode ser denominado "Nino", (daí a corruptela da "canção de ninar", que quer dizer: fazer dormir a criança), "Nini", "Nemrod", "Gilgamesh", "Merodak" e "Chifroid". De Nini, temos o nome de Nínive, por ele fundada e que foi a sede do culto de Ishtar, na Assíria e na Babilônia. No culto caldaico era a Astarote bíblica, dando origem ao culto de Amon, no Egito, durante o domíínio babilônico, no reinado de Semíramis.
De acordo com os relatos tradicionais, Zaratustra viveu no século VI a.C. na Ásia Central, num território que compreendia o que é hoje a parte oriental do Irã e a região ocidental do Afeganistão. Zaratustra pertencia ao clã Spitama, sendo filho de Pourushaspa e de Dugdhova. Aos trinta anos, enquanto participava de um ritual pagão de purificação num rio, Zaratustra viu um ser de luz que se apresentou como sendo Vohu Manah ("Bom Pensamento") e que o conduziu até à presença de Ahura Mazda (Deus) e de outros cinco seres luminosos, os Amesha Spentas. Este foi o primeiro de uma série de encontros que manteve com Ahura Mazda, que lhe revelou a sua mensagem.
A religião Persa pré-Zaratustra, apresentava semelhanças com a da Índia Védica. Era uma religião politeísta, cujas características básicas eram a prática do sacrifício de animais e o consumo de uma bebida com propriedades alucinógenas, o haoma. Muito mais do que o fundador de uma nova religião, Zaratustra foi antes um reformador das práticas religiosas indo-iranianas. Ele propôs uma mudança no panteão dominante que ia no sentido do monoteísmo e do dualismo. Na antiga religião indo-iraniana, os deuses encontravam-se divididos em duas classes, ambas positivas: os ahuras ("senhores") e os daivas ("deuses"). Na perspectiva de Zaratustra, os ahuras são vistos como seres que escolheram o bem e os daivas o mal. Zaratustra elevaria Ahura Mazda ("Senhor Sábio") ao estatuto de divindade suprema, criadora do mundo e única digna de adoração.
Entre a morte de Zaratustra e a ascensão do Império Aquemênida no século VI a.C. pouco se sabe sobre o Zoroastrismo, a não ser que se difundiu por todo o planalto iraniano. Em 549 a.C. Ciro II derrota Astíages, rei dos Medos, e funda o Império Persa, que unia sob a mesma corôa os Medos e os Persas. A dinastia à qual pertencia, os Aqueménidas, adotará o Zoroastrismo como religião oficial do império, mas será tolerante em relação às religiões dos povos que nele vivem. Foi o rei Ciro II (dito O Grande) que libertou os Judeus do seu cativeiro e permitiu o regresso destes à Palestina. Provavelmente o primeiro rei persa que reconheceu oficialmente esta religião foi Dario I, como mostra uma placa de ouro na qual o rei se proclama devoto de Ahura Mazda. Os Medos possuíam uma casta ou tribo sacerdotal, conhecida como os Magi, que adotaram a religião de Zaratustra, não sem introduzir alterações na mensagem original e incorporando antigas concepções religiosas. Os Magi seriam a classe sacerdotal dos três grandes impérios persas. Casavam dentro do seu grupo e expunham os corpos dos mortos às aves de rapina, duas práticas que viriam a ser adotadas pelos zoroastrianos. Os sacerdotes recuperam os antigos sacrifícios e o uso do haoma. Os Amesha Spentas, inicialmente abstratos no pensamento de Zaratustra, foram personalizados e antigas divindades passaram a ser adoradas. Entre essas divindades (yazatas) estavam o Sol, a Lua, Tishtrya (deus da chuva), Vayu (o vento), Anahita (deusa das águas) e Mitra. Foram também erigidos grandes templos e altares de fogo ao ar livre. Artaxerxes II (404-358 a.C.) chegou mesmo a ordenar a construção de templos em honra de Anahita nas principais cidades do império. Durante este período foi também criado o calendário zoroastriano e desenvolveu-se o conceito do Saoshyant, segundo o qual um descendente de Zarastustra, nascido de uma virgem, viria para salvar o mundo. Com a conquista da Pérsia por Alexandre Magno, em 330 a.C., o Zoroastrismo sofreu um duro golpe, tendo a classe sacerdotal sido dizimada e muitos templos destruídos. O incêndio da capital do império, Persépolis, provocaria o desaparecimento de textos da religião conservados na biblioteca da cidade. Durante o governo dos Selêucidas o Zoroastrismo foi respeitado e geraram-se sincretismos entre este e a religião grega (por exemplo, ocorreu uma associação de Zeus a Ahura Mazda). Mas um verdadeiro renascimento do Zoroastrismo só começa durante a dinastia dos Partos Arsácidas no século III a.C.. Nesta fase foi compilado o Vendidad, uma parte do Avesta que recolhe textos relacionados com medicina e rituais de pureza. No período da dinastia Sassânida (224 a.C. - 651 d.C.) o Zoroastrismo era a religião mais comum entre as massas, sendo praticado numa vasta área que ia do Médio Oriente às portas da China. Nesta época assistiu-se à formação de uma verdadeira "Igreja" zoroastriana centrada na Pérsia, foram banidas da prática religiosa as imagens, criou-se o alfabeto avestano e novos textos passam a integrar o Avesta, tais como o Bundahishn e o Denkard. Ao contrário do período Aquemênida, este período ficou marcado pela intolerância em relação a outras religiões, tendo sido promovidas perseguições aos judeus e cristãos. O clero zoroastriano detinha um grande poder e assegurava que cada novo monarca fosse zoroastriano; pesados tributos pesavam sobre a população como forma de sustentar a forma de vida do clero. Apesar da conversão da Pérsia ao Islã após a conquista dos árabes no século VII, o Zoroastrismo sobreviveu em algumas comunidades persas, agrupadas nas cidades de Yazd e Kerman. Os muçulmanos consideraram os zoroastrianos como dhimmis, ou seja, praticantes do monoteísmo (à semelhança dos judeus e dos cristãos) e como tal foram sujeitos a pesados tributos cujo objetivo era estimular a conversão ao Islã. No século X um grupo de zoroastrianos deixou a Pérsia e fixou-se na Índia, na região do Gujarate, onde estabeleceram uma comunidade local que recebeu o nome de "Parsi" ("Persas" na língua gujarate) e que permanece naquele território até os dias atuais. Esta comunidade zoroastriana foi influenciada pelos tradições locais e as suas particularidades levam a que se fale em Parsismo. No século XIX a conquista da Índia pelos britânicos levaria a um confronto entre os valores tradicionais dos parses e os valores religiosos e culturais do Ocidente. John Wilson, um missionário cristão da Escócia, atacou a religião dos Parses, alegando que o dualismo presente era contrário ao verdadeiro espírito monoteísta. Martin Haug, um filólogo alemão, que viveu e ensinou em Puna durante a década de 60 do século XIX, concluiu que apenas os Gathas eram as palavras originais do profeta Zaratustra. Estes acontecimentos propiciaram o início de um movimento de reforma religiosa, que divide a comunidade zoroastriana entre aqueles que pretendem um regresso a concepções que entendem como mais puras e próximas da mensagem inicial, rejeitando o excessivo ritualismo, e os tradicionalistas.
Dois princípios fundamentais regem o sistema de crenças desta religião: a existência de Deus e do Diabo e a volta do Paraíso à Terra. Ahura Mazda é a deidade suprema, criador de todas as coisas boas, enquanto Ahriman é o princípio destrutivo que rege a ganância, a fúria e as trevas; a bondade irá triunfar; os mortos ressuscitarão. Os zoroastrianos acreditam que Zaratustra é um profeta de Deus, mas este não é alvo de particular veneração. Eles acreditam que através dos seus ensinamentos os seres humanos podem aproximar-se de Deus e da ordem natural marcada pelo bem e justiça (asha). De acordo com os Gathas, após a morte, cada alma é julgada na "Ponte de Cinvat". Os que seguem a Verdade chegam ao Paraíso; quem segue a Mentira, cai no Inferno.
Os livros sagrados do Zoroastrismo são: o Avesta, o livro sagrado das orações, dos hinos, dos rituais, das instruções, da prática e da lei; o Pahlavi, que consiste na literatura zoroastrista e o Gathas, principal documento que nos permite conhecer a vida e o pensamento religioso de Zaratustra. Os Gathas são dezessete hinos compostos pelo próprio Zaratustra e que constituem a parte mais importante do Avesta. A linguagem dos Gathas assemelha-se à que é usada nos Rig Veda do hinduismo. Os Gathas revelam também um pensamento dualista, sobretudo no plano ético, entendido como uma livre escolha entre o bem e o mal. Posteriormente, o dualismo torna-se cosmológico, entendido como uma batalha no mundo entre forças benignas e forças maléficas. Outro conceito religioso que Zaratustra apresentou, foi o dos Amesha Spentas ("Imortais Sagrados"), que podem ser descritos como emanações ou aspectos de Ahura Mazda. Nos Gathas os Amesha Spentas são apresentados de uma forma bastante abstrata; séculos depois eles serão transformados e elevados ao estatuto de divindades. Cada Amesha Spenta foi associado a um aspecto da criação divina. Os Amesha Spentas são: Vohu Manah ("Bom Pensamento"): os animais; Asha Vahishta ("Verdade Perfeita"): o fogo; Spenta Ameraiti - ("Devoção Benfeitora"): a terra; Khashathra Vairya - ("Governo Desejável"): o céu e os metais; Hauravatat ("Plenitude"): a água; Ameretat ("Imortalidade"): as plantas.
O Zoroastrismo não determina que os membros devam realizar um número obrigatório de orações por dia. Os zoroastrianos podem decidir quando e onde desejam orar. A maioria dos zoroastrianos reza várias vezes por dia, invocando a grandeza de Ahura Mazda. As orações são feitas perante uma chama de fogo, fato que conduziu à idéia errada, por parte de pessoas exteriores à religião, que os zoroastrianos seriam adoradores de fogo. O fogo é apenas um símbolo da sabedoria e luz divina de Ahura Mazda, e não é adorado em si mesmo.
Os templos religiosos do Zoroastrismo, onde se desenrolam as cerimônias e se celebram os festivais próprios da religião, são conhecidos como Templos de Fogo. Os Templos de Fogo mais importantes do Irã e da Índia mantêm uma chama de fogo sagrado a arder perpetuamente. (Templo de Fogo na cidade iraniana de Yazd ) O Navjote (ou Sedreh-Pushi como é conhecido entre os zoroastrianos do Irã) é uma cerimônia de iniciação obrigatória destinada às crianças zoroastrianas que deve acontecer entre os sete e os quinze anos de idade. É importante que a criança já conheça as principais orações da religião. Antes da cerimônia começar a criança toma uma banho ritual de purificação (Naahn). Durante a cerimónia, conduzida pelo mobed (sacerdote) e na qual estão presentes familiares e amigos, a criança recebe o sudreh (ou sedra, uma veste branca de algodão) e o kusti (um cordão feito de lã) que ata na sua cintura. A partir deste momento o zoroastriano deve usar sempre o sudreh e o kusti. Os zoroastrianos acreditam que o corpo humano é puro e não algo que deva ser rejeitado. Quando uma pessoa morre o seu espírito deixa o corpo num prazo de três dias e o seu cadáver é impuro. Uma vez que a natureza é uma criação divina marcada pela pureza não se deve polui-la com um cadáver. Na prática esta crença implicou que os cadáveres dos zoroastrianos não fossem enterrados, mas colocados ao ar livre para serem devorados por aves de rapina. Na Índia a comunidade parse construiu torres situadas em jardins (dokhma, "Torre de Silêncio") onde se colocam os cadáveres para serem expostos ao Sol e às aves de rapina. O comportamento ético esperado dos zoroastrianos traduz-se na máxima "Bons Pensamentos, Boas Palavras e Boas Ações".
As comunidades zoroastrianas atuais regem-se por três calendários diferentes: o Fasli (usado pelos Zoroastrianos Iranianos e alguns Parses), o Shahanshahi (usado pela maioria dos Parses) e o Qadimi (este último o menos utilizado de todos), o que significa que as festas religiosas podem ser celebradas em diferentes dias. Nestes calendários cada mês e cada dia do mês recebe o nome de um Amesha Spenta ou de um Yazata.
Os zoroastrianos celebram seis festivais ao longo do ano - os Gahanbars - cujas origens se encontram nas diferentes atividades agrícolas dos antigos povos do planalto iraniano e nas estações do ano. Noruz é o Ano Novo Persa celebrado no dia 21 de Março no calendário Fasli (os Parses celebram o Noruz em meados de Agosto). Por volta deste dia os zoroastrianos colocam nas suas casas uma mesa com sete itens: um vaso com brotos de lentilhas ou de trigo, um pudim, vinagre, maçãs, alho, pó de sumagre, frutos da árvore jujube; outros elementos que enfeitam a mesa são moedas, o Avesta, um espelho, flores e uma imagem de Zaratustra. O Noruz é celebrado com o uso de roupas novas, com o consumo de pratos especiais, com a troca de presentes e com a celebração de cerimônias religiosas. O fogo tem nele um significado especial. Seis dias depois do Noruz os zoroastrianos festejam o nascimento de Zaratustra.
O Zoroastrismo conta atualmente com cerca de 18.000 seguidores somente no Irã. A comunidade zoroastriana existente no mundo contemporâneo pode ser dividida em dois grandes grupos: os Parses e os Zoroastrianos Iranianos. Para além destes existem também ocidentais convertidos à religião. Na Índia os Parses são reconhecidos pelas suas contribuições à sociedade no domínio econômico, educativo e caritativo. Muitos vivem em Bombaim e têm tendência para praticar a endogamia, desencorajando o proselitismo religioso. Vêem a sua fé como étnica. Em geral os Zoroastrianos Iranianos mostram-se mais abertos a aceitar conversões. Concentram-se nas cidades de Teerã, Yazd e Kerman. Falam uma variante da língua persa, o Dari (diferente do Dari falado no Afeganistão).
Atualmente os zoroastrianos dividem-se entre o dualismo ético ou o dualismo cosmológico, existindo também outros que aceitam os dois conceitos. Alguns acreditam que Ahura Mazda tem um inimigo chamado Angra Mainyu (ou Ahriman), responsável pela doença, pelos desastres naturais, pela morte e por tudo quanto é negativo. Angra Mainyu não deve ser visto como um deus; ele é antes uma energia negativa que se opõe à energia positiva de Ahura Mazda, tentando destruir tudo o que de bom foi feito por ele (a energia positiva de Deus é chamada de Spenta Mainyu). No final Angra Mainyu será destruído e o bem triunfará. Outros zoroastrianos encaram o dualismo no plano interno do indivíduo, como a escolha que cada um deve fazer entre o bem e o mal. O Zoroastrismo é considerado como a primeira manifestação de um monoteísmo ético e segundo os historiadores, algumas das suas concepções religiosas influenciaram o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo. Acredita-se que os Reis Magos que visitaram o Menino Jesus na Manjedoura, seriam na realidade Sacerdotes de Zoroastro. |
Jainismo
A palavra "Jainismo" ou "Jinismo" tem sua origem no verbo sânscrito "Jin" que significa "conquistador". O Jainismo, como o conhecemos, surgiu na Índia entre os séculos 7 e 5 a.C., fundado por Mahavira que viveu de 599 a.C. a 527 a.C . Porém, considera-se que o seu sistema de crenças antecede ao Bramanismo. Conta atualmente com cerca de 4 milhões de seguidores, concentrados sobretudo ao norte do país. Contudo, devido aos movimentos migratórios, já existem pequenas comunidades jainistas na América do Norte e na Europa. Apesar do pequeno número de adeptos, o Jainismo é uma das religiões mais importantes na Índia, juntamente com o Hinduísmo e o Budismo.
Os jainistas encontram-se divididos em dois grupos principais: os Digambara "Vestidos de espaço" e os Svetambara ou Shvetambara, "Vestidos de branco" . Cada um destes grupos encontra-se por sua vez dividido em vários subgrupos. A maioria dos jainas pertencem ao grupo Svetambara. A origem destes dois grupos situa-se no século I d.C ( ou talvez no século III d.C, segundo alguns autores ) e deve-se a disputas em torno dos textos que devem constituir as escrituras do jainismo. Os Svetambara consideram que as suas escrituras estão mais próximas dos ensinamentos originais do Mahavira, enquanto que os Digambara rejeitam uma parte considerável dessas escrituras. Os Digambara consideram igualmente que a renúncia pregada pelo Mahavira implica para os monges a nudez total e que as mulheres devem primeiro renascer como homens para poderem atingir a libertação. Geográficamente, os Digambara concentram-se no sudoeste da Índia e os Svetambara no noroeste (estados do Gujarate, Rajastão e Madhya Pradesh). As estátuas dos dois grupos são também diferentes: os Tirthankaras dos Svetambara possuem roupas e uma decoração mais rica, enquanto que as dos Digambara estão nuas; estas diferenças fazem com que um adepto dos Digambara não possa praticar o culto num templo Svetambara.
Mahavira, o fundador do Jainismo, nasceu por volta de 599 a.C. perto de Patna, hoje conhecido como o estado do Bihar. Foi contemporâneo de Siddharta Gautama o Buddha, tendo pregado na mesma região geográfica, muito embora não haja registros de que os dois mestres tenham alguma vez se encontrado. Mahavira pertencia à casta dos guerreiros ( kshatriya ). Foi casado, viveu no luxo até que por volta dos trinta anos tornou-se um mendigo errante. Entregou-se ao ascetismo até obter a iluminação, tendo consagrado os anos finais de sua vida a pregar a sua doutrina. Faleceu por volta de 527 a.C. em Pavapuri, no Bihar, que é desde então um dos principais locais de peregrinação jainista.
Assim como seu contemporâneo, Gautama Buddha, a concepção e nascimento de Mahavira também está envolta em mistério. As duas seitas Jainistas, Digambars e Svetambaras, têm versões ligeiramente diferentes relacionadas ao nascimento do senhor Mahavira. De acordo com a escola de Digambar, o senhor Mahavira nasceu em 615 A.C., mas de acordo com o Svetambaras, ele teria nascido em 599 A.C. Porém as duas seitas concordam que ele era filho do Rei Siddhartha e da Rainha Trisala. Os Digambars acreditam que a mãe de Mahavira teve 16 sonhos auspiciosos antes de a criança nascer, já de acordo com o Svetambaras foram 14 os sonhos. Diz a lenda que Devananda esposa de Brahmin Rishabhdeva concebeu o senhor Mahavira mas os deuses transferiram o embrião para o útero da rainha Trisala. Os sonhos da mãe grávida foram interpretados pelos astrólogos que indicaram que a criança seria um imperador ou um "tirthankara". Levado ao Rei Siddhartha e à Rainha Trisala de Vaisali (atualmente o estado de Bihar), o Mahavira foi nomeado Vardhaman porque o reino e a fama do seu pai aumentaram muito desde a sua concepção.
Sua visão básica é dualista. A matéria e a mônada vital ou jiva são de natureza distinta, e durante sua vida o ser vivente ( seja humano ou animal ) atinge sua mônada como resultado de suas ações. Para se purificar, esta religião propõe um extremo ascetismo e prega a prática do "Ahimsa" ou a doutrina da não-violência. Os seus adeptos, através de uma série de práticas, procuram combater suas paixões, de modo a alcançar a libertação do mundo.
Os Jainistas consideram que sua religião é eterna, tendo sido a doutrina revelada ao longo de várias eras pelos Tirthankaras, palavra que significa "fazedores de vau", ou seja, alguém que ensinou o caminho. Os Tirthankaras foram almas nascidas como seres humanos que alcançaram a libertação ( moksha ) do ciclo dos renascimentos através da renúncia e que transmitiram os seus ensinamentos aos homens. Na presente era existiram 24 Tirthankaras. O último desses Tirthankaras foi o Mahavira, que os jainistas não consideram como o fundador do jainismo, mas antes aquele que lhe deu a sua forma actual. O 23º Tirthankara foi Parshva, que os historiadores consideram ter sido provavelmente uma figura histórica que viveu cerca de três séculos antes do Mahavira. Os jainistas acreditam que Parshva pregou os 4 grandes princípios do jainismo, a saber: não-violência ( Ahimsa ), evitar a mentira, não se apropriar do que não foi dado e não se apegar às posses materiais; o Mahavira teria acrescentado o princípio da castidade. Os Jainas, como também são chamados, seguem as orientações de um "Jina" ( conquistador ), que é um guia religioso que repudiou os interesses mundanos para alcançar um grau supremo de conhecimento. Os jinas, também são chamados "Tirthankaras", ensinam seus seguidores a liberta-se do ciclo da reencarnação ao atingir as três jóias: Conhecimento Justo, Fé Correta e Boa Conduta, o que implica abandonar a violência, cobiça, artifício, manter-se castos e obedecer a doze votos que podem ser divididos em três classes: 1) ANUVRATAS - São os cinco votos principais: abster-se de atos violentos, não mentir, não roubar, não cobiçar o parceiro de outra pessoa e limitar as possessões pessoais; 2) GUNAVRATAS - São três votos que reforçam os cincos votos principais: restringir as atividades pessoais a uma área concreta ( digvrata ), restringir práticas que proporcionam prazer ( bhogopabhogavrata ), evitar atos que causam sofrimento ( anarthadandavrata ); 3) SIKSAVRATAS - São quatro votos de disciplina espiritual: meditar, limitar determinadas atividades a certos momentos, adotar a vida de um monge por um dia, fazer donativos aos monges ou aos pobres. Além dos doze votos, seguem ainda algumas regras de comportamento, tais como: Não comer durante a noite, não comer carne, não beber vinho e não comer certos vegetais nos quais se acredita que vivam determinados seres. KARMA À semelhança do hinduísmo e do budismo, o jainismo partilha da crença no karma, embora de uma forma diferente. O karma no jainismo não é apenas um processo em que determinadas ações produzem reações, mas também uma substância física que se agrega a uma alma. As partículas de karma existem no universo e associam-se a uma alma devido às ações dessa alma (por exemplo, quando uma alma mente, rouba ou mata esta provoca a agregação de karma na sua alma). A quantidade e qualidade destas partículas determinam a existência que a alma terá, a sua felicidade ou infelicidade. Só é possível a uma alma alcançar a libertação quando desta se retirarem todas as partículas de karma. O processo que permite a libertação das partículas de karma de uma alma denomina-se "Nirjara" e inclui práticas como o jejum, o retiro para locais isolados, a mortificação do corpo e a meditação. SAMAVASARANA Quando um mestre salvador, prega seu primeiro sermão, usa uma estrutura chamada Samavasarana. O tirthankara senta-se numa plataforma no centro e os ouvintes se agrupam em círculo para refletir sobre suas palavras. KALPA SUTRA O Kalpa Sutra, ou Livro do Ritual, narra a vida de Mahavira. É um dos mais importantes textos sagrados, e seus ensinamentos são considerados autênticos pela seita shvetambara dos jainistas.
CINCO SERES SUPREMOS
Os jainistas veneram cinco seres supremos. Os devotos seguem um ritual diário de invocação desses seres, inclinando-se em direção aos quatro pontos cardeais. 1) - ARHATS: Também conhecido como tirthankara ou jina, um arhat é o primeiro ser supremo, um mestre que lança os fundamentos para a libertação de outros, podendo fazê-lo sem a orientação de outro mestre. Sua imagem está no centro do Siddahachakra. 2) - SIDDHAS: O segundo ser supremo é o Siddha, equivalente jainista de um santo. Um siddha é uma alma que alcançou a libertação sob a orientação de um mestre, vivendo em estado de êxtase no topo do cosmo. 3) - ACHARYAS: Guias espirituais conhecidos como Acharyas formam o terceiro nível dos seres supremos. Cada acharya conduz uma ordem de monges ou monjas. No siddhachakra a imagem do acharya aparece a leste. 4) - UPADHYAYAS: O quarto nível dos seres supremos consiste nos Upadhyayas, monges instrutores que transmitem seu conhecimento das escrituras a outros monges e monjas. No siddhachakra a imagem do Upadhyayas aparece ao sul. 5) - MONGES: O restante dos monges jainistas ocupa o quinto nível dos seres supremos. No siddhachackra, o monge aparece a oeste. Para os digambaras, só os homens podem alcançar a libertação.
Os principais festivais do jainismo são:
MAHAVIRA JAYANTI - Ocorre em Março ou Abril e celebra a data do nascimento do Mahavira. Neste dia estátuas do Mahavira são levadas em procissões pelas ruas e os jainas reúnem-se nos templos para ouvir a leitura dos seus ensinamentos. PARYUSHANA - Durante o mês de Bhadrapada (Agosto-Setembro) os membros do ramo Svetambara do jainismo celebram um dos seus festivais mais importantes, Paryushana. Este festival está dedicado ao perdão e consiste na prática do jejum durante oito dias. No último dia do festival (Samvatsari) os jainas pedem perdão uns aos outros por ofensas que possam ter causado; aqueles que conseguiram jejuar durante os oito dias seguidos são levados para os templos em procissão. O festival equivalente na tradição Digambara denomina-se Dashalakshanaparvan, e para além da prática do jejum, é lido nos templos um importante texto, o Tattvartha-sutra. DIVALI (festa da luzes) - Celebração comum a toda a Índia, é para os jainas a comemoração da altura em que o Mahavira deu os seus últimos ensinamentos e alcançou a libertação. Ocorre no mês de Kaartika, que corresponde no calendário gregoriano a Outubro-Novembro. KARTIK PURNIMA - Ocorre no dia de lua cheia do mês de Kaartika. Após terem permanecido numa determinada localidade durante os meses da monção, os monges e freiras jainas regressam à vida errante, sendo por vezes acompanhados por leigos no percurso que fazem para outro local. Neste dia muitos jainas realizam a peregrinação aos templos de Palitana, no estado indiano do Gujarate. MASTAKABHISHEKA - Cada doze anos os jainas (principalmente os do ramo Digambara) reúnem-se no santuário de Shravana Belgola no estado de Karnataka, onde se encontra uma estátua de dezassete metros de Bahubali, que é alvo de libações com água, mel, leite, flores, preparados de ervas e especiarias.
Alguns teólogos reconhecem no Jainismo uma religião ateísta muito antiga que evoluiu para a sua forma atual, Isto porque o Mahavira não era nenhum ser supremo que pudesse criar ou sustentar o universo. A crença jainista é de que o universo não teve um começo, mas que é infinito e operado por leis naturais. Consideram que o tempo é infinito e cíclico. Ele é visto como uma grande roda dividida em duas partes idênticas: uma realiza um movimento ascendente ( Utsarpini ), enquanto que a outra um movimento descendente ( Avasarpini ). Cada uma destas partes divide-se em seis eras ( ara ). Durante o período ascendente os seres humanos progridem ao nível do saber, estatura e felicidade, enquanto que o período descendente caracteriza-se pela degradação do mundo, pelo esquecimento da religião e pela perda de qualidade de vida pelos humanos. Segundo os jainistas, vivemos atualmente num período de movimento descendente, numa era de infelicidade ( Dukham Kal ), que começou há 2500 anos e que durará 21 mil anos.
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Sikhismo
A palavra "Sikh" significa "disciplina". Não há uma hierarquização na organização clerical da religião. Os cultos podem ser realizados nos templos ou em suas próprias casas, onde hinos de louvor são cantados e orações matinais são feitas. A figura do guru significa, para os sikhistas, o guia dos seguidores para sua libertação (Moksa). Os sikhistas adotam como textos sagrados o Guru Grant Sahib e o Janam-Sakhis, ou "Histórias da Vida", escrito 80 anos após a morte de Nanak, o fundador da religião (cuja origem é remontada à Índia do século XV).
Fundado pelo Guru Nanak, nascido em 1469, o sikhismo - religião predominante na Índia - conseguiu, ao longo dos séculos, formar um corpo fiel de seguidores. Seus discípulos acreditam na unificação divina. Dessa forma, contestam o politeísmo dos hindus (por exemplo) e pregam a valorização do amor. Atualmente, estima-se que no mundo existam cerca de 20 milhões de adeptos dessa religião. Os fiéis sikhs acreditam que sua religião é, além de tudo, um modo de vida.
Do hinduísmo vieram a aceitação das idéias do "sansara" - o ciclo de renascimentos e do "karma". Todavia, o sikismo é claro nas suas crenças na unidade de deus, rejeitando idolatria e qualquer adoração de objetos ou imagens. Possivelmente refletindo a influência das crenças islâmicas, Guru Nanak também opôs-se ferozmente a discriminação com relação as castas.
Alguns dos ensinamentos do Guru Nanak são próximos das idéias do místico Benaras, Kabir, que acreditava numa mística união com deus. Guru Nanak acreditava que deus é um, sem forma, eterno e além de qualquer descrição. Todavia, ele também via deus como presente em todos lugares, visível para qualquer um que tinha interesse em vê-lo e essencialmente cheio de graça e compaixão. Guru Nanak assegurava que a salvação dependia da aceitação da natureza de deus. Se o homem reconhece-se a verdadeira harmonia da ordem divina (hukam) e viesse para dentro desta harmonia ele seria salvo. Todavia, Guru Nanak rejeitou a crença hindu, que dizia que tal harmonia poderia ser alcançada por práticas ascéticas. Em seu lugar ele enfatizou três ações: meditação om e a repetição do nome de deus (nam), doação ou caridade (dan) e banhar-se (isnan). Muitas das características agora associadas com o sikismo pode ser atribuída ao Guru Gobind Singh. Em 15 de abril de 1699, ele iniciou a nova irmandade chamada a "Khalsa" (significando "o puro", vindo da palavra persa khales), o âmago interior do fiel, aceito pelo batismo (amrit). Os "cinco k" datam deste período: kesh (não cortar o cabelo), kangha (pentear-se), kirpan (punhal ou espada curta), kara (bracelete de aço) e kachh (brusco esbofetear - aqui no original aparece uma expressão gramatical de difícil tradução). O mais importante é não cortar o cabelo, adotado antes dos outros quatro. O punhal e o brusco esbofetear reflete a influência militar, enquanto o bracelete de aço pode ser um forma de charme ou encanto. Em adição aos obrigatórios "cinco k", o novo código proibia fumar e relações sexuais com mulheres muçulmanas. Estes datam do século XVIII, quando os sikhs estavam freqüentemente em conflito com os muçulmanos. Outros estritas proibições incluem: idolatria, discriminação de castas, hipocrisia e peregrinação para lugares sagrados hindus.
Muitas casas sikhs tem um quarto onde os membros da casa tem sua meditação particular e recitação dos versos de meditação do Guru Nanak, o Japji. Todavia, a partir do terceiro Guru, Amar Das, sikhs tem também adorado como congregações em templos conhecidos como Gurudwaras (porta para o Guru). O Templo de Ouro em Amritsar, construído pelo Guru Arjan Dev (o quinto Guru) no final do VI século, é o mais antigo templo sikh.
A crença central de Sikhism é de que há um só deus para toda a criação. Meditando e pronunciando o seu nome, todo ser humano pode alcançar a união com Deus. Todo homem ou mulher, para ser um Sikh, deve acreditar em um só deus, seguir os ensinamentos dos dez gurus e do Guru Granth Sahib, receber o AMRIT de KHANDE (batismo Sikh) e não seguir nenhuma outra religião.
Todo Sikh batizado faz votos de praticar os cinco "k", que são:
Kesh - Não cortar Cabelos e barba, mantê-los como foram dados por Deus. Kangha - Um pente de madeira para manter os cabelos sempre alinhados. Kachera - Túnica especialmente feita de algodão, simbolo da pureza. Kara - Um bracelete de aço, significando a bondade a verdade e a liberdade. Kirpan - A espada, com que o Khalsa (sacrifício)é cometido para defender o direito à verdade. |
Islamismo
Em árabe, Islam significa "pureza", pela submissão à vontade de Allah, que é a denominação em árabe para o Deus uno de perfeição e beleza infinitas. O Islamismo surgiu por volta de 622 d.C., em Meca ( Arábia Saudita ), com a revelação do livro sagrado dos muçulmanos, o Alcorão ao profeta Mohammad ( 570-632 a.C ). Por intermédio do anjo Gabriel, Mohammad recebeu de Allah ( Deus ) o Alcorão, e o recitou aos seus companheiros, que o escreveram. Até então, as religiões monoteístas mais conhecidas eram o cristianismo e, em menor número, o Judaísmo.
Outra semelhança com o mundo cristão, é que os muçulmanos também sofreram uma cisão, como a que ocorreu entre católicos e protestantes. No caso do Islam, a divisão é entre os sunitas ( que representam 90% dos muçulmanos no mundo ) e os xiitas. Assim como no cisma cristão, um dos motivos da luta entre sunitas e xiitas é saber quem deveria liderar o islamismo depois da morte do profeta Mohammad, e também quem teria a "propriedade" da interpretação correta da palavra de Deus. Mas, na verdade, a palavra é uma só.
Mohammad Ibn Abdullah, nasceu na cidade de Meca, na Arábia Saudita, no ano de 570. Ficou órfão ainda criança e foi criado por seu tio em extrema pobreza. Mais tarde casou-se com uma viúva e teve três filhas. Naquela época, Meca era uma cidade onde ocorriam muitas peregrinações para cultuar ídolos em vários santuários. Após retirar-se para uma caverna perto de Meca para orar e meditar, Mohammad foi visitado pelo Anjo Gabriel que lhe apresentou a mensagem do Islam: " Confirme o que os profetas anteriores do judaismo e do cristianismo ensinaram e corrija as adulterações que perverteram esses ensinamentos".
Gabriel disse ainda que ele, Mohammad, havia sido escolhido para corrigir esses erros e para completar a revelação divina que havia começado com os velhos credos do judaísmo e do cristianismo. Tendo recebido essas revelações, Mohammad voltou-se para Meca e proclamou a unidade absoluta de Allah, denunciou a idolatria e estimulou os ricos a dar aos pobres. Em 622, é perseguido em Meca e foge para Yathrib, que posteriormente teve o nome mudado para Medina, em árabe "a cidade do profeta" , em sua homenagem. Essa fuga, chamada de hégira é considerada a data de início do calendário Islâmico. Aos poucos, Mohammad foi conquistando inúmeros seguidores e, em 630 retorna para Meca como líder vitorioso deste novo movimento religioso. Em dez anos, toda a península árabe foi convertida ao Islamismo. Em uma geração, quase todo o mundo árabe havia se convertido e, em um século, o Islam atingiu a Espanha, o Marrocos, o oeste da Índia e o leste da Tailândia. Atualmente, o islamismo está presente em quase todo o globo, porém com mais seguidores na Ásia Oriental e no Oriente Médio. Conta com mais de de 1,2 bilhão de adeptos ( 7 milhões só nos EUA ) e é a religião que mais cresce no mundo: 15% ao ano. Uma em cada cinco pessoas na Terra é muçulmana.
O Alcorão, seu livro sagrado, que corresponde à Bíblia cristã e a Torá Judaica, é um livro repleto de metáforas, provérbios e sentenças. Como as leis do Alcorão devem ser seguidas à risca, se forem mal interpretadas, poderão resultar em um fanatismo com consequências catastróficas.
Foi o que aconteceu durante o controle de Meca. Surgiu com força uma idéia e sensação coletiva de que todos os muçulmanos eram irmãos e que deviam combater todos os homens até que reconheçam que só há um Deus ( Allah ). Assim como há um aviso divino no último livro da Bíblia cristã, para que nenhuma palavra ou letra seja alterada, retirada ou incluída ( Apocalipse de São João, 22, 18-19 ), o mesmo acontece com o Alcorão. Como foi ditado por Deus, nenhum ser vivo pode tocar em seu texto original. A palavra Alcorão, em árabe significa: " leitura por excelência " ou "recitação". A religião de Allah ( como Deus é chamado pelos islâmicos ) não aceita a adoração de imagens e nem a música instrumental, apenas percussão. Tampouco permite sexo antes do casamento. Mas, pelas leis religiosas, o homem pode casar com até quatro mulheres. Todo muçulmano que tiver saúde e dinheiro suficiente deve ir pelo menos uma vez na vida até Meca, na Arábia Saudita, onde está a Mesquita Sagrada. Lá, o fiel deve dar sete voltas em torno da primeira grande edificação sagrada, a Caaba. Há outras atividades e locais que devem ser visitados, como o Monte Arafat e a cidade de Medina para onde Mohammad migrou quando foi perseguido em Meca. Essa saída de Mohammad de Meca é chamada de hégira ("migração") e marca o início do calendário muçulmano. Marca o momento em que todo um povo pagão passou a seguir os preceitos do islamismo. O ano muçulmano é medido pelas 12 revoluções completas da Lua em torno da Terra. Numa média, seu ano é 11 dias menor que o nosso ano solar. Em 10 de fevereiro de 2005, o primeiro dia de Moharrem, uma quinta-feira, entramos no ano 1426 de seu calendário. Este ano terminará em 30 de janeiro de 2006, uma segunda-feira, que corresponde ao dia 30 de Dulhiya.
O dia santificado é a sexta feira.
O Ano Novo, no Primeiro de Moharrem ( A Hégira, na véspera do dia Primeiro ). Achura ( Ashuraa ):- 10 de Moharrem. Morte do Profeta:- 28 de Zafar. Nascimento do Profeta ( Mawlid al Nabi- 23 de abril de 571 ):- 12 de Rabi I. Primeiro ano da Hégira, 622 a.D:- 14 de Rabi II. Leilat Al Me'raj:- 26 de Reyeb. Leilat Nisf Sha'ban:- 15 de Chaban. Morte de Fátima, filha do Profeta ( 11 a.H ):- 3 de Ramadán. Morte de Cadija, esposa do Profeta ( 58 a.H ):- 17 de Ramadán. A revelação do Alcorão:- 24 de Ramadán ( Ramadán é o mês do jejum ). A pequena Festa ( Eid al-Fitr ):- celebrada nos três primeiros dias do mês Chual. A Grande Festa ( Eid al-Adha ) ou Festa do Sacrifício:- 10 a 13 de Dulhiya.
O Islamismo tem cinco fundamentos obrigatórios para quem quer segui-lo à risca e que constitue a estrutura da vida do muçulmano: a fé, a oração, o interesse pelo necessitado (zakat), a auto-purificação ( jejum ) e a peregrinação à Meca para quem tiver posses para tal.
1. A FÉ Testemunhar que só há um Deus. Não há outra divindade além de Deus e Maomé é seu Mensageiro. Esta declaração de fé é chamada Chahada , uma fórmula simples que todo o crente pronuncia. Em árabe, a primeira parte é: la ilaha ílal-lah (não há outra divindade além de Deus). Ilaha (divindade) pode se referir a qualquer coisa que podemos ser tentados a colocar no lugar de Deus: riqueza, poder e similares. Então vem, illal-lah (além de Deus), a Fonte de toda criação. A Segunda parte da Chahada é Mohammad Rasul lul-lah (Maomé é o mensageiro de Deus). 2. A ORAÇÃO Rezar cinco vezes ao dia. Salat é o nome das orações obrigatórias que são praticadas cinco vezes ao dia, e são um elo direto entre o adorador e Deus. Não há autoridade hierárquica no Islam, nem padres, assim, as orações são dirigidas por uma pessoa com instrução, que conhece o Alcorão, escolhido pela comunidade. Essas cinco orações diárias contém versículos do Alcorão que são recitados em árabe, a linguagem da Revelação, ao passo que as súplicas pessoais podem ser feitas no idioma de cada um. As orações são praticadas na alvorada, ao meio dia, no meio da tarde, ao crepúsculo e à noite e assim determinam o ritmo do dia todo. Apesar de ser preferível praticar a oração em conjunto, em uma mesquita, o muçulmano pode orar em qualquer lugar, tal como campo, escritório, fábrica e universidade. 3. ZAKAT Dar 2,5% de seu lucro líquido para as pessoas mais carentes. A pessoa piedosa deve também dar tanto quanto possa como caridade (sadaca), e fazê-lo preferivelmente em segredo. Apesar que esta palavra possa ser traduzida como "caridade voluntária", ela tem um significado mais amplo. O profeta disse: "Mesmo o encontrar o seu irmão com o rosto risonho é caridade" 4. O JEJUM Jejuar no mês de Ramadã. Todo ano, durante o mês de Ramadan, todos os muçulmanos jejuam desde a alvorada até o por do sol, abstendo-se da comida, da bebida e das relações sexuais. Se houver incapacidade física para fazê-lo, devem alimentar uma pessoa necessitada para cada dia não jejuado. Apesar do jejum ser muito benéfico para a saúde, é considerado um método de purificação pessoal. Ao privar-se dos confortos mundanos, mesmo por um período curto, o jejuador adquire verdadeira simpatia por aqueles que sofrem fome, ao mesmo tempo desenvolve a sua vida espiritual. 5. O HAJJ Peregrinação à Meca. A peregrinação anual a Meca ( hajj ) é uma obrigação somente para aqueles que são física e financeiramente capazes de empreendê-la. Os peregrinos vestem roupas especiais: vestimentas simples que eliminam as distinções de classes e cultura, assim todos ficam iguais perante Deus.
Assim como no Cristianismo e no Judaísmo, o Islam também prega que há apenas um Deus ( Allah ) , que existe céu ( com anjos ) e inferno ( com demônios ). Para os muçulmanos, Jesus Cristo não é o "Filho de Deus" muito menos a própria divindade, mas um profeta enviado por Deus, cuja missão não teria chegado ao final, isso porque sua palavra não teria sido compreendida e nem aceita pelos judeus.
Por isso, segunda a tradição, houve a necessidade de que um outro profeta, que teria contato direto com Allah ( Deus ), viesse para completar a mensagem de Jesus. Esse homem que traria a lei divina foi Mohammad, cujo nome foi traduzido para o português como Maomé. Em nome de Allah, o Clemente , o Misericordioso. Louvado seja Allah, Senhor do Universo, e que Sua graça e paz estejam com o profeta do Islam, Mohammad Ibn Abdullah, com seus familiares, seus companheiros e seus seguidores até o Dia do Juizo Final, amem. Ismah lana nashufak ! - ( Trad: Permita que nós o vejamos novamente ! ) |
Hinduismo
O Hinduismo não é propriamente uma religião, mas sim a denominação de um conjunto de princípios, doutrinas e práticas religiosas politeistas que surgiram na India, a partir de 2000 a.C. O termo ocidental é conhecido pelos seguidores como "Sanatana Dharma", que em sânscrito significa: "a ordem permanente". O Hinduismo está fundamentado nos quatro livros dos Vedas (conhecimento), um conjunto de textos sagrados compostos de hinos e ritos, no Século X, denominados de Rigveda, Samaveda, Yajurveda e Artharvaveda. Estes quatro volumes são divididos em duas partes: uma (exotérica) que trata dos trabalhos rituais e outra (esotérica) que versa sobre o conhecimento ou especulações filosóficas, também chamada de Vedanta. A tradição védica surgiu com os primeiros árias, povo de origem indo-européia (os mesmos que desenvolveram a cultura grega) que se estabeleceram nos vales dos rios Indo e Ganges, por volta de 1500 a.C.
As características principais do hinduísmo são: o politeísmo, o ioga, a meditação e a reencarnação. Estima-se que atualmente existam mais de 660 milhões de adeptos em todo o mundo, com um panteão de 33 milhões de deuses e 200 milhões de vacas sagradas. Todo gado existente na India, alimentaria sua população por cinco anos, entretanto, a fome é devastadora no país por causa da idolatria.
Os historiadores citam a Índia como o berço do Bramanismo, uma das mais antigas religiões que deu origem ao hinduismo e que de certa forma se confunde com esta. A doutrina bramânica, nos seus primórdios, compunha-se de postulados esparsos, sem qualquer ordenação e era transmitida oralmente através de cânticos. Cerca de 14 séculos a.C., um sábio brâmane recebeu o nome de Vyasa (compilador) por seu trabalho, e ordenou adequadamente a religião brâmane. A sua fixação, entretanto, só ocorreu por ocasião do surgimento da escrita na Índia, entre os séculos IX e VIII a.C.
Os ensinamentos védicos, escritos em sânscrito, passaram a constituir os Vedas ou Livros do Conhecimento Sagrado, a obra religiosa mais antiga de que se tem notícia. Rigveda, o mais conhecido dentre eles, consta de hinos de aparência simplesmente devocional, mas que encobrem o segredo da Criação. Apenas os sacerdotes e iniciados distinguiam a verdade escondida sob o véu das alegorias. Sua doutrina original pode ser resumida em cinco princípios básicos, dos quais decorrem as demais diretrizes: 1 - Um Deus Único com Tríplice Manifestação (Trindade Divina: Brahma, Vishnu e Shiva). "O Ser Supremo se imola a Si próprio e Se divide para produzir a Vida Universal". 2 - A Natureza Eterna do Mundo "Ele sempre foi e sempre será. O mundo e os seres saídos de Deus voltam a Ele por uma evolução constante". 3 - A Reencarnação "Há uma parte imortal do homem que é aquela, ó Agni, que cumpre aquecer com teus raios, inflamar com teus fogos. De onde nasceu a Alma? Umas vêm para nós e daqui partem, outras partem e tornam a voltar". 4 - O Karma "Se vos entregardes aos vossos desejos, só fareis condenar-vos a contrair, ao morrerdes, novas ligações com outros corpos e outros mundos". 5 - O Nirvana "Estado de não desejo". O mais puro e íntegro da alma, livrando-a em definitivo da roda das encarnações. Considerado o coroamento da Perfeição. As Escolas Iniciáticas demonstravam cabalmente, na teoria e na prática, a relevância de alcançar o Nirvana, para se chegar a Deus. Para atingir essa condição, o Ego precisa se libertar de todos os desejos, mesmo os originados de sentimentos bons e altruístas. O Nirvana é um estado de consciência tão íntegro que toda doação é prestada naturalmente e não em decorrência de inclinação sentimental.
Segundo o hinduísmo, o caminho para o nirvana, passa pelo ascetismo (doutrina que desvaloriza os aspectos corpóreos e sensíveis do homem), pelas práticas religiosas, pelas orações e pela prática do ioga. Assim, o adepto alcança a "salvação", escapando dos ciclos da reencarnação.
Para o Hinduismo, os Vedas contêm as verdades eternas reveladas pelos deuses e a ordem (dharma) que rege os seres e as coisas, organizando-os em castas como conseqüência do Karma, pela qual o indivíduo por comportamento de vidas anteriores, renasce em determinada posição social, sofrendo os efeitos decorrentes dessa circunstância. Cada casta possui seus próprios direitos e deveres espirituais e sociais e a posição de cada homem em determinada casta é definida pelo seu Karma. De acordo com essa crença, o objetivo é superar o ciclo de reencarnações (samsara), atingindo assim, o nirvana, a sabedoria resultante do conhecimento de si mesmo e de todo o Universo. A maior esperança de um hinduísta é chegar no estágio de se transformar no inexistente. Vir a ser parte deste deus impessoal, do universo. O cerimonialismo enriqueceu-se notavelmente sob a direção dos brâmanes. Os cultos adquiriram poder mágico. As idéias de samsara ( transmigração das almas ou reencarnações sucessivas ) e karma (lei segundo a qual todo ato, bom ou mau, produz conseqüências na vida atual ou nas encarnações posteriores) surgiram nessa época, assim como as especulações filosóficas sobre a origem e o destino do homem. O sistema de castas converteu-se na principal instituição da sociedade indiana. De acordo com os Vedas, Brahma teve quatro filhos que formaram as quatro castas originais: Brâmanes(saídos dos lábios de Brahma), são os sacerdotes considerados puros e privilegiados; os Xátrias(originários dos braços de Brahma), são os guerreiros; os Vaicias (oriundos das pernas de Brahma), são os lavradores, comerciantes e artesãos; e Sudras (saídos dos pés de Brahma), são os servos e escravos. Os Párias são pessoas que não pertencem a nenhuma casta, por terem desobedecido leis religiosas. Estes não podem viver nas cidades, ler os livros sagrados nem se banharem no Rio Ganges. Apesar de ser um preceito bastante antigo, o sistema de castas, não fazia parte do corpo doutrinário original. Constitui um adendo incluído em remotas épocas, pela mãos dos brâmanes e que se tornou a principal instituição da sociedade indiana. Este sistema, atualmente rejeitado pela maioria dos reformadores do hinduismo, constitui uma tese a ser discutida, demonstrando a pequenez do ser humano, razão pela qual deve ser extinta, pois existem inúmeras maneiras de a Lei ser exercida, sem o agravamento maior imposto pela sociedade. A aceitação da divisão em castas significaria o mesmo que aprovar a escravidão, já que seriam escravos apenas os que construíram, em vidas passadas, as causas que ocasionaram esse efeito. Fica exposta a tese para que cada um escolha a que mais lhe esteja de acordo. Para o Hinduismo, o mundo físico é uma ilusão designada Maya, no mundo tridimensional, o homem e sua personalidade não passa de um sonho. Para se ver livre dos sofrimentos ( pagamento daquilo que foi feito na encarnação passada ), a pessoa deve ficar livre da ilusão da existência pessoal e física. Através da prática do ioga e da meditação transcedental, o adepto pode transceder este mundo de ilusões e atingir a iluminação, a liberação final. O hinduísmo ensina que o ioga é um processo de oito passos, os quais levam a culminação da pessoa transcender ao universo impessoal, no qual o praticante perde o senso de existência individual.
Sem abandonar as divindades registradas nos Vedas, os brâmanes, estabeleceram Brahma ( em sânscrito, "o absoluto" ), como a divindade principal da ( Trimurti ) tríade hindu, integrada por: Brahma, Vishnu e Shiva. Brahma é a manifestação antropomórfica do brahman, o princípio criador, a "alma universal", o ser absoluto e incriado, mais um conceito de totalidade que envolve todas as coisas do que propriamente um deus.
Tudo é deus, deus é tudo: o hinduísmo ensina, como no Panteísmo, que o homem está unido com a natureza e com o universo. O universo é deus, e estando unido ao universo, todos são deuses. Ensina também que este mesmo deus, é impessoal. Muitos deuses adorados pelos hindus são amorais e imorais. Por serem várias as divindades no hinduismo, citaremos apenas as mais significativas: Agni é o pai dos homens, deus do fogo e do lar. Indra rege a guerra. Varuna é o deus supremo, rei do universo, dos deuses e dos homens. Ushas é a deusa da aurora; Surya e Vishnu, regentes do sol; Rudra e Shiva, da tempestade. Animais como a vaca, rato, e serpentes, são adorados por serem possivelmente, a reencarnação de alguns dos familiares. Existe três vezes mais ratos que a população do país, os quais destroem um quarto de toda a colheita da nação. O rio Ganges é considerado sagrado, no qual, milhares de pessoas se banham diariamente, afim de se purificar. Nos cultos védicos, os pedidos mais solicitados aos deuses são vida longa, bens materiais e filhos homens. Muitas mães afogam seus filhos recém-nascidos, como sacrifício aos deuses. O Bramanismo, posteriormente conhecido por hinduísmo, exotericamente desenvolveu-se, sofreu modificações, foi adulterado e, com o passar dos tempos, entrou em decadência, como é usual acontecer com as religiões. A sua essência esotérica, no entanto, continua inalterada e preservada pelos Mistérios, praticados em santuários da Índia. |
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